23

Passei uma boa parte da minha vida a querer ter 18 anos. É incrível, já tenho 23!

É hoooooje!

Eu e a minha híbrida :)

Tudo começou com uma necessidade de mudança. Mudança de ritmo, mudança da rotina mudança, mudança até do ritmo biológico. A vida deve ser uma fonte de prazer a cada dia e não um poço estagnado de actividades.
Foi então que decidi comprá-la, decidi comprar a MINHA Bicicleta. Imaginei-a durante uns tempos, o que dificultou a tarefa – quando criamos expectativas em relação a algo somos muito mais difíceis de saciar. Mas encontrei-a. Afinal havia alguém que tinha pensado em mim ao desenhar uma bicicleta ..
Chegou a casa meia-montada e confesso que me senti uma menina-mimada-de-primeira quando me vi a seguir as ordens do meu amor. Mas afinal, depois pensei, têm que fazer jus á fama que têm…
No princípio custou um bocadinho. Doía-me o rabisque e o acido láctico, pouco habituado a deambulear por entre os meus músculos, torceu o nariz. Mas não desisti.
Hoje, já la vão 4 semanas que não largo a minha hibridazinha e na segunda feira aventurámo-nos a 17 kilometros!
E, só no caso de se questionarem: não, não tenho vergonha nenhuma de andar de bicicleta… afinal tenho 22 anos e estamos no norte da Europa!

Hoje chorei a ouvir isto.

1) Nelson Évora é campeão mundial no triplo salto. Um salto com 17.74 metros. E a bandeira subiu.

2) Na Grécia uma mãe morre carbonizada dentro de um carro abraçada aos quatro filhos.

Pudessem umas lágrimas apagar as outras tão diferentes.

Londres em Imagens, 27 de Agosto de 2007

Hyde park:

Nothing Hill Carnival:

Verão sem Sangria é como namorar sem dar beijinhos

E em Portugal estaría agora a encher o papo de ameijoas. Aqui come-se mexilhão á parva. Quem não tem cão caça com gato.

E agora só para vos fazer inveja....

hihihi, são 5 e vou-me por a milhas, pisgar-me. 3 diazinhos sem lab :)

duvido que isto a longo prazo dê certo!

João, gostas de mim? Hummm ..sim… João, estou aborrecida… (silêncio) João, acorda para falares comigo… Hum..hummmm JOÃO, DOI-ME TANTO A BARRIGA; AJUDA-ME! (levantou-se num salto) - O QUE È QUE TENS?! -Nada. Era só para acordares. Moral da história: quando um dia me doer á séria a barriga ele não vai acreditar…

Alguma coisa boa para animar a segunda feira!!!

Benfica: Fernando Santos demitido.

Na onda: o que são produtos transgénicos?

A engenharia genética permite que cientistas usem os organismos vivos como matéria-prima para mudar as formas de vida já existentes e criar novas. Um gene é um pedacinho de DNA de variadas dimensões que, combinado com outros genes, determina a acção das células e consequentemente o funcionar do nosso organismo.
A sequência de um gene determina o seu comportamento. Esta informação, adquirida nas fases iniciais da embriogénese, é transmitida de geração em geração, logo “filho de peixe saberá nadar”, se é que me entendem…. Desenvolvendo-se constantemente, os genes procuram a melhor adaptação do organismo ao ambiente. É assim o processo de evolução. É bonita a forma como a natureza conspira para que sejamos perfeitinhos, não é?

A engenharia genética, por sua vez, utiliza enzimas para “partir em pedaços“o DNA, inserindo segmentos de outros organismos. Os cientistas podem "cortar e colar" genes de um organismo para outro, mudando a forma do organismo e manipulando sua biologia natural a fim de obter características específicas (por exemplo, determinados genes podem ser inseridos numa planta para que esta produza toxinas contra pestes). Este método é muito diferente do que ocorre naturalmente, pelo que pode causar resultados completamente inesperados uma vez que muitos genes interagem entre si de formas ainda não muito bem conhecidas. Muitas destas manipulações são mesmo “tiros no escuro”!

O aumento da preocupação com a ética e os riscos que envolvem a engenharia genética são muitos. Principalmente porque a “engenharia genética não respeita as fronteiras da natureza. Fronteiras que existem para proteger a singularidade de cada espécie e assegurar a integridade genética das futuras gerações”.

Quanto mais genes são isolados e modificados entre si, maior é o controle da ciência sobre a vida. Na verdade, seres com vida próprias (animais, plantas, árvores e alimentos), que jamais ocorreriam naturalmente, poderão estar a caminho. A indústria está neste preciso momento a controlar o processo de evolução dos seres vivos… e isso, pelo menos aos meus olhos, é assustador!

OMG os OGM!*

Entretanto houve um grupo de comunistas (evidente pela evocação clara a Catarina Eufémia) que, de cara coberta com panos pretos para se precaveram contra o pólen transgénico (mas de telemóveis em punho?!), destruíram uma plantação de milho supostamente transgénico previamente vistoriada pela Direcção-Geral da Protecção das Culturas.

Não venho criticar a forma tãaao portuga como esta gente se manifestou. Venho, pelo contrário, sublinhar as razões assustadoras e muitas vezes ignoradas que estão por detrás de tão patética manifestação;


Há 40 anos atrás reconheciam-se na agricultura portuguesa diversos tipos de sementes de milho. Hoje em dia existe literalmente apenas uma. Ora digam-me lá vocês, que tipos de milho conhecem? Ah, pois… conhecem aquele amarelinho, cujos grãos dão para pipoca não é? Pois pensam que sempre foi assim?

O milho é talvez o produto que ao longo dos tempos têm sofrido mais com a evolução científica. Desde sempre um produto essencial para a nossa alimentação é importante que a sua taxa de produção ronde sempre os 100%, em vista do melhor rendimento do produto (menos despesas de produção, conferir mais resistência a doenças e capacidade de adaptação, menos despesas com desperdícios etc..). Ora é com muita pena que vos digo que a ciência, embora muitas vezes na sua forma mais involuntária e apaixonada pelo conhecimento bruto, tem dado uma grande ajuda a um negócio que prospera á medida que a qualidade da nossa comidinha no prato de todos os dias diminui.
Os bagos de milho há 40 anos atrás (40 anos minha gente, há muito pouco tempo evolutivo!) apresentavam um espectro de cores que iam do branco, passando pelos amarelos plácidos, amarelos laranjas, vermelhos, esverdeados e escuros. Percebeu-se entretanto que os amarelinhos, bonitinhos e perfeitinhos aos nossos olhos eram muito mais rentáveis. Então, há que especificar a cultura destes bagos perfeitinhos. E como a natureza até é traiçoeira, e muitas vezes se rege por leis mendelianas que nem sempre coadunam com a vontade dos produtores, há que chamar a ciência e os homenzinhos das pipetas para dar uma mãozinha á selecção hitleriana dos grãos de milho.

É graças a este tipo de iniciativas que vemos hoje extinguidos da nossa agricultura sementes como os chícharos ou as lentilhas. Pelo mesmo caminho irão os tremoços dado que o seu baixo consumo no mercado assim o determinará.

Não são ainda conhecidas a consequências da exposição a longo prazo dos produtos transgénicos. Confesso-vos que a minha visão não é muito positiva. Mas este é o nosso mundo, o mundo de oportunismos e oportunistas, gente para quem uns tostões no bolso valem e valerão sempre muito mais do que a esperança média de vida dos seus trinetos.

*Oh My God os Organismos Geneticamente Modificados!

Ahhhhhhhhhhhhh

Consegui finalmente o meu construct* !!!


*para os ciencia-a-leste: uma coisa boa que me deixa muito feliz!

Dúvidas que-talvez-tenham-um-fundo-de-verdade...

25 de Abril. Eu: You know what? Today is bank holiday in my country …(silêncio)
1 de Maio. Eu: You know what? Today is bank holiday in my country …(silêncio)
10 de Junho. Eu: You know what? Today is bank holiday in my country …(silêncio)
1 de Agosto. Eu: You know what? Today is bank holiday in my country …(silêncio)
15 de Agosto. Eu: You know what? Today is bank holiday in my country …

- In your country do you work at all??!

Sonhos desdentados

De repente começei a sentir que um dos meus dentes caninos abanava. Entretanto caíu.
Horrorizada procuro um espelho. -Ahhhh pareço um pirata!-
Entretanto caem-me os restantes dentes do lado direito do maxilar superior. Dois minutos depois o meu canino esquerdo do maxilar inferior abana. Caem também os dentes todos do lado esquerdo maxilar inferior.
Corro para o meu dentista.
Não há solução, diz-me. "Nem lhe posso por uma placa porque não tem gengiva para a agarrar..." Estou de rastos, sinto-me um coelho (quem já tirou pele a coelhos sabe do que falo).
Chego a casa e pergunto muitas vezes ao João se ainda gosta de mim, ao que ele pacientemente responde que sim. Valha-nos isso.
Acordo. Com a língua sinto os dentes todos no sítio. Ufa, foi só um sonho mau.

Hoje lavei os dentes com toda a força. Nada como uma noite sem dentes para nos aperceber-mos o quão são importantes.

Eu, dorminhoca, me confesso.

Tenho a dizer que dormi esta noite 11 (11!!!) horas sem descansar. Sou ou não sou uma valente?

O que é que eu penso dos meninos e meninas que vão estudar para a República Checa?

Penso que fazem muito bem. Que aproveitem muito bem o dinheirinho dos papás e das mamãs.
Tenho é pena dos que não podem ir também. É o país que temos, com médicos vocacionados para professores.

Hoje chorei a ouvir isto.

Muitas saudades.

Faz hoje 1 ano.

Faz hoje um ano que eu não dormi uma noite inteira. Faz hoje um ano que eu não dormi uma outra para apanhar um avião. Faz hoje um ano que acabou uma etapa, faz hoje um ano que se abriram portas para muitas outras. Faz hoje um ano que eu chorei, não sem depois rir de alívio. Faz hoje um ano que eu entreguei a minha tese de mestrado.

Não queres não?

A minha mana anda a tentar convencer-me a marcar um voo para Faro para ir passar uns dias de férias com ela - como se eu precisásse de ser convencida para uma coisa dessas! As minhas motivações são mais aquelas que mexem com o fundo orçamental...
Entretanto manda-me esta pérola que me partiu toda:

nao queres nao????
From: Diana Ferreira (dxxxxxxxxxxxx@hotmail.com)
Sent:Fri 8/10/07 6:04 PM
To: Sónia (sxxxxxxxxxxxxx@hotmail.com)

Olha aqui:
http://www.britishairways.com/travel/lcoffers/public/pt_pt

Nao te agrada umas noites em Vilamoura? naqueles bares fantásticos, e aquele solinho a bater no nosso corpo, ui tão bom!!! e para refrescar aquele mar salgado com pouquinhas ondas.. eheh

Tudo é relativo

Caminhávamos Charing Cross abaixo após um repasto em Chinatown.

Me: next time we´re going to a Portuguses place! We´ve come here twice now!
Vincent: Portuguese? Well... I´ve been to Nando´s (uma cadeia de casas de frango assado)!
Me: Nandos?!! I mean proper Portuguese food!
Vincent: but you said Nando´s was typical...
Me: well... it is typical, but is not something very special! Nando´s is something like our take away, what you get when you´re in a rush or you don´t feel like cooking...
Vincent: take away?!! That´s a very good take away!

Em Portugal a maioria das pessoas gosta de frango assado. Mas gostamos de frango assado de uma forma neutra, não conheço ninguém que verdadeiramente adore frango assado acima de todas as coisas.
- épa não temos nada feito e já é meio-dia-e-meia...Olha vamos mas-é buscar um frango! E tá feita a coisa. Por uns 7 euritos come o pai, a mãe, o vizinho e ainda sobram os ossitos para o bobby. É assim tipo enfarda-brutos, como quem come só por comer, é ou não é?
Aqui é tido como algo espetacular, do reino das comidas divinais. Aposto que até jantares românticos são acompanhados do peri-peri chicken...

Mas o frango não é caso único. Tenho a certezinha de que muitos dos meus colegas Portugueses desterrados quando estão em Portugal por periodos de tempos superiores a um fim-de-semana não ligam peva nenhuma aos pastéis de nata que se acumulam no balcão dos cafés... vá la, confessem... em Portugal nunca escolhem o pastel de nata, porque existem sempre outros bolos, outras coisas... nunca valorizamos inteiramente o quanto gostamos das coisas.

Lab life

Algo não anda bem quando descascas uma cebola e mais ou menos a meio do processo de a partir em bocados te assustas a ti próprio:

ahhhh, esqueci-me das luvas!

Ahhhh granda Cândido!!!!

Confirma-se; o Pimba é internacional (ufa, confesso que fico um pouco mais descansada)

Eu: Vincent, em Taiwan existe um tipo de música cujos habitantes da cidade, ou um pouco mais evoluídos não gostam?
Vinc: yehh, a música dos farmers (de quem trabalha em quintas).
Eu: e como é essa música, o que é que têm de diferente das "outras músicas"?
Vinc: normalmente é muito alegre, e muito repetitiva.
Eu: (risos) Ai sim? E de que é que falam essas músicas? De amor?
Vinc: ehrmm..bem, falam de amor mas não são românticas.. são mais relacionadas com sexo, a ensinar como é que se conquistam as raparigas...

Tão tenrinhas e tão Portugas

Living it

Someone just said to me:
You know, London goes so well with my background.
So it goes with mine.

Sab. 22.00. Aqui.

(o que para quem não sabe significa trabalho)

Hotel Ruanda

Sabem aquele tipo de filmes que quando acabam provocam aquela dor, não nos deixam sequer falar de tão emocionados?! Hotel Ruanda é um deles...
Há muito tempo não via um filme tão bem feito como este, que me deixá-se assim sem palavras…um filme que mostra até onde pode chegar o ódio e a crueldade do ser humano...

Uma verdadeira aula de humanidade e coragem de um homem que não hesitou colocar sua própria vida em risco para salvar pessoas sentenciadas a um destino injusto e cruel. A minha maior revolta é sobretudo a revolta do racismo… a revolta de sentir que para muitos estados países como o Ruanda não valem nem um voto do eleitorado, a revolta ao sentir o peso que a ONU dá para cada Nação em que intervém. Um alerta ao mundo sobre as barbaridades que acontecem na esquecida África.

A importância de se manifestar através do cinema a história da humanidade é indiscutível, o filme é sem dúvida uma excelente e corajosa produção. Ainda bem que há o cinema para emocionar e fazer acordar quem adormece. Hotel Ruanda faz-nos pensar se somos mesmo "aquelas pessoas que assistem ao telejornal, ficam escandalizadas mas continuam a jantar como se nada fosse?"
É hora de agir e de compreender que há muito para fazer… e toda participação é importante para que uma dia os filmes de histórias como esta, verídica, deixem de ser feitos. "Até quando vamos ficar assim sem fazer nada?"

Back to life, back to reality...

Eu moro em Londres, e não tão longe como isso da City, mas raramente tenho contacto com o mundo citadino da cidade. O meu dia-á-dia é mais gente de sapatinhas, oculetas do século passado e com as t´shirts que a industria farmacêutica mandou de oferta com a última remessa de produtos.
Quando preciso de ir á City, como hoje, sinto-me uma pata-choca desenquadrada no meio daquela gente toda produzida. As minha sandálias de cunha que até fazem abrir bocas no laboratório, transformam-se nos chinelitos da gata borralheira, e eu, de creme hidratante como única máscara matinal sinto-me a menina mais pobre da aldeia ao pé dos baldes de tinta que por mim cruzam.
Um contacto com uma outra realidade, e basta só atravessar a ponte...

Linda, nova, vermelha e miiiiiinha :)

Senhoras e Senhores, meninos e meninas apresento-vos a híbrida!Minha, minha, e só...um bocadinho também do João!