Monday, January 29, 2007

Jornada digna de registo.

É impressão minha ou o campeonato voltou a estar (ao) rubro?!

Friday, January 26, 2007

Update (incluí banda sonora do Vitinho!)

Ó laré lólilas que está na hora de me por ao fresco. Hoje um bocadinho mais cedo e também com um bocadinho mais de disposição porque;
*Hoje é sexta-feiraaaaa! (por muito que goste de estar aqui gosto muito mais de não estar…)
*Hoje vou ao restaurante Turco (nham, nham…)
*Hoje ainda vou ao jacuzzi…
*E porque hoje vou deixar-me levar pela magia dos serões nortenhos: grandes, infinitos, aonde tempo com o João parece um segundo e sem ele um segundo é infinito. E mais uma vez vou abster-me de fazer alguma coisa de útil, mas deixar-me estar no meu cantinho e curtir…

E agora meus amigos, com a música do Vitinho em voz off, que me faz sempre ficar com os olhos brilhantes e com pele-de-galinha (o meu doce tempo de menina...);

boa noite e até amanhã….

Thursday, January 25, 2007

Retratos de um Portugal esquecido - documentário "Ainda há pastores?" por Jorge Pelicano

A não perder o documentário de Jorge Pelicano, "Ainda há pastores?" que (infelizmente) ainda só tive oportunidade de ver em trailer mas que já guardei na prateleira das artes. Tanto pelo tema, como pela qualidade, Porque o nosso Portugal do interior, que tem tanto de belo e genuíno guardado como de humilde. Desenhado por um povo perdido, alheado do resto do mundo.
As imagens aparecem com planos lindos da Serra da Estrela, mostrando a cumplicidade das (inocentes) crianças (linda a fotografia nesta parte do documentário, de chorar mesmo com a doçura implícita em cada imagem…puxa, assim vale a pena!), da dureza do trabalho, da solidão, do isolamento, a velhinha que corre incansável atrás das cabras que mantém o rádio como única companhia e contacto com o resto do mundo.

As críticas têm sido unânimes e adivinham-se muitos prémios - como aliás já os houve - para este estreante na realização. Fico à espera de novos trabalhos. É gente assim que inspira.

Wednesday, January 24, 2007

Efeitos nevásticos

Chego.
Pouso a mala, dispo o casaco.
'hei guy's, está a nevar!' (sorrio)
Silencio de morte por um segundo.
Entreolham-se. No segundo seguinte começam ás gargalhadas...
A Gill passa-me o braço pelos ombros; 'tu és mesmo Southern, não és?'
bagh! pra estes tipos.

Ei-la...a NEVE!!!

Saio da cama, tomo banho, quando saio o João pergunta-me da cama;
‘está o vidro embaciado ou está nevoeiro?’
Olho lá para fora de relance e respondo ‘Os dois’. Depois qualquer coisa lá fora chama a atenção…
‘Não…está a NEVAR!!!’
‘A nevar?!’
‘Sim, a Nevar…anda ver, está tudo branquinho, oh, tão lindo, olha aquelas arvores, e a linha do comboio, oh e os telhados branquinhos, oh e as flores…oh..oh..’

Monday, January 22, 2007

Quem quer um banco como o meu, quem quer?

Sempre que abro a carteira e vejo o meu multibanquinhas no topo dos cartões do oftalmologista da biblioteca e do cartão de pontos de combutível esboço-lhe um sorriso maroto, cúmplice, assim como o que partilho com alguém que sabe de mim alguns segreditos. O meu multibanquinhas é o meu herói, o plástico que faz de mim alguém, o meu melhor aliado masculino nas compras desnecessárias. O meu multibanquinhas é simplesmente um máximo, assim como o multi-dono é um máximo e me faz a mim sentir um máximo! Sinto-me uma verdadeira princesa sempre que vou a casa do multi-dono com as multipossíbidades me oferece através do meu multibanquinhas. Eu que nem sou, nem de perto nem de longe, até me sinto uma multimilionária…

Na quarta-feira (16) perdi o multibanquinhas. Não sei muito bem como, sei que o procurei no topo dos cartões e ele não estava lá. Vasculhei no meio dos cartões e o coraçãozinho inquietou-se-me porque não o vi. Depois de uma des-organização intensiva ao meu studiozinho, umas chamadas carríssimas e uns lágrimitas no canto do olho lá me resignei a telefonar para a senhora operadora de serviço que com uma voz assustadoramente contente me anunciou ‘o seu cartão está agora cancelado, agora nem que o encontre de novo o poderá utilizar, pode destruí-lo..’ Oh, o meu querido multibanquinhas, perdido e abandonado por esta cidade…

Na sexta-feira (19, dois dias depois) eis que o multi-dono me faz mais uma surpresinha: recebo um novo multibanquinhas, lindo, com as letras todas pretinhas, em óptimo estado, e sabem que mais? Não pago mais por isso! Quem quer um banco como é meu, quem quer?

Saturday, January 20, 2007

A razão da minha ausência

Esta foi uma semana ...enérgica. Com resultados urgentes a apresentar no laboratório, os pais de visita e a graduação do meu mestrado confesso que não tive tempo nem para me coçar. Ansiei pelo fim-de-semana como já não fazia há muito para por o sono em dia, para dar um jeito a esta casa que parecia ter sido arrombada pelo exercito Israelita, para ler pelo menos um artigo com calma, para postar uns posts aqui e ainda um outro num cantinho que tem andado um pouco esquecido e para mais loginho ir usar e abusar do meu jacuzzi (sim, sim, morram de inveja!)

Entretanto deixo-vos as fotos de mais uma conquista. Não vale a pena dizer-vos que estava (e continuo) muito feliz e contente, pois não?

O típico saudar do chapéu

Com os meus coodenadores de mestrado

Eu

Com a minha mãe e mana

Eu com os meus pais

Com a minha mana (felizes)

Friday, January 12, 2007

Be nice to me, I gave blood today

Um litrinho inteiro tirado por uma Irlandesa que me pediu para lhe fazer uma figa e no final para lhe dar duas beijocas á boa maneira Portuguesa.
Chuack!

oh, I am always so proud of myself everytime I do this :)

Thursday, January 11, 2007

Línguas Secretas

(post escrito nas línguas em que a acção se desenvolveu)

O pai e o filhote caminhavam á minha frente. Enquanto lhe acariciava os cabelos o pai perguntava-lhe:
-vais-te portar bem na escola, não vais? vais ser um bom menino...
puto- sim (abanando afirmativamente a cabeça)
-olha que tu prometeste que hoje não choravas
puto - sim, eu não choro, prometo!

uns metros á frente o infantário do menino.
puto- adeus pai...
eu pró puto (metidiça como sempre) - Olá amor, bom dia para ti! porta-te bem...
puto pró pai - DAD?! HOW COME DOES SHE KNOW OUR SECRET LANGUAGE?!

Wednesday, January 10, 2007

As novatas cá do sítio

Ainda agorinha vim de férias e já estou que nem posso com uma gata pelo rabo. O meu projecto vai bem, não fossem os mini- projectos paralelos que o Michael vai encomendando ou as novas estudantes em estágio que veêm tão verdes, tão verdinhas inevitavelmente sobram para mim…sim, eu, mesmo sendo eu a mais novata desta maralha toda.
Mas ‘prontos’, confesso que ando toda contentinha armada em professora com duas educandas a “meu cargo”:
Sónia, como é que se faz uma digestion?”
“Sónia, podias ajudar-me com este restriction map?”
“Sónia….” “Sónia…” “Sónia….”

Encho-me de paciência, faço a minha cara mais ternurenta possível, acalmo o tom de voz e desligo a pilha enquanto no meu cérebro passam letras grandes vermelhas luminosas: hei come down…we all started somewhere….we all started somewhere…
Por vezes no meio de toda esta descarga esqueço-me de lhes dizer dicas que já fazem parte do meu hardware. Depois é vê-las fofinhas e encabuladas a fazerem-me perguntas muiiiiiito óbvias..

É fantástico o efeito que os primeiros dias num laboratório fazem a uma pessoa. Ficam tão queridas todas excitadas só porque já são capazes de fazer um gel ou porque conseguem ver DNA cor-de-rosa quando exposto luz violeta. Adoram o mundo das cores e ontem ficaram encantadas com as minhas colónias azulinhas sobre um fundo de agarose ressequida com aspecto vitral que guardo religiosamente no meu frigurífico de bactérias só para demonstrações coloridas a novatas (sim, porque eu também já me perdi pelo mundo das bactérias coloridas em tempos…).
Controlo sofregamente esta vontade enorme de lhes pregar umas partidas jeitosas como aquelas que me pregaram quando aqui cheguei do tipo adicionarem etanol ás minhas culturas ou roubarem-me o material constantemente. Ao invés penso ‘coitaditas, já não basta todos os dias cometerem os erros mais estúpidos e ainda vem uma pessoa atrapalhar’.

Monday, January 08, 2007

Carta Aberta

Amigos,
A Física dita que a matéria é qualquer coisa que possui massa, ocupa espaço e está sujeita a inércia. A matéria é então aquilo que existe, aquilo que forma as coisas e que pode ser observado como tal; é sempre constituída de partículas elementares com massa não-nula, indivisível portanto. Correndo o risco de pisar a axiomática filósofa posso concluir:
Sou matéria, logo sou indivisível.

Eu estive em Portugal durante aproximadamente 3 semanas. Vi muitas pessoas que queria ver, aliás, fiz por vê-las, houveram outras com quem gostaria de estar e não tive oportunidade, e houveram ainda outras que infelizmente vi.

Ora eu sendo matéria, lamentavelmente não me posso dividir, não me multiplico nem me faço desaparecer. Portanto, a todos os que reclamaram acerca do pouco tempo que tive para vós só posso pedir desculpa, mas não tenho a capacidade de mudar leis universais.

Eva

A pessoa mais inteligente deste laboratório, a "nossa neuro", a melhor conselheira do mundo. Alguém que percebe que a vida vive-se dos dois lados, lá fora e cá dentro, e que o lá fora e cá dentro se podem conjugar, porque mais do que sermos cientistas somos seres com sentidos. Alguém que não tolera quaisquer injustiças e a quem lágrimas fáceis caem frequentemente pelo rosto. Gosto de gente de sentidos fáceis, de gente assim.


(foto tirada a 16 de Dezembro na mini-festa de natal do Departamento)