Tuesday, July 31, 2007
Eu a ficar emigrãnte!
Hoje no autocarro não me saía esta música da cabeça
"Qual é o melhor dia pra casar, sem sofrer nenhum desgosto?
A 31 de Julho porque depois entra Agosto..."
E se isto não é estar a ficar emigrãnte, digam-me o que é que é!
"Qual é o melhor dia pra casar, sem sofrer nenhum desgosto?
A 31 de Julho porque depois entra Agosto..."
E se isto não é estar a ficar emigrãnte, digam-me o que é que é!
Monday, July 30, 2007
No baú da recordações...
Os meus primos acabaram de me mandar esta pérola: os meus avós, pelas minhas contas pelos finais dos anos 40, a levarem Tabuleiro na Festa dos Tabuleiros no primeiro ano em que namoraram.
Não deixa de ser interessante a forma como a população da minha terra se move e se une em volta da Festa. Ainda hoje, e passadas agora umas 4 semaninhas desde o grande dia e faltando ainda muitos muitos dias até á próxima (daqui a 4 anos!) a Festa mexe com os Tomarenses. Este hei, olha aqui os avós na festa! Olha os fatos, olha os tabuleiros... vem de algo muito genuíno, muito lá de dentro, das gentes da cidade. É a mesma força estranha, contagiante, que leva milhares de pessoas a invadirem as ruas da cidade, logo pelas 8h00 da manhã de domingo, para assistirem à passagem do Cortejo que só decorre cerca das 16h00.
Quando estive em Tomar, pela Festa dos Tabuleiros, e alguém me perguntou se tinha vindo para a festa respondi " Se não viesse morria". Mais tarde questionei-me sobre o que tinha dito. Claro que não morreria no sentido literal da palavra, mas acho que existiria uma explosãozinha cá dentro, uma falta, uma dor. Aquilo que me leva a Tomar na Festa é aquilo que leva muita outra gente sem saber muito bem explicar porquê. De uma forma ou de outra sentimos a festa cá dentro, percebemos o seu valor, existe ali algo de grande que não conseguimos defenir e que comove.
É talvez por isso que o numero de tabuleireiros aumenta a cada nova festa, que existe sempre cada vez mais gente a querer participar- porque a festa está em nós, vive no carinho que lhe dispensamos, na forma como “adoramos” as fotografias que a recordam.
Friday, July 27, 2007
And this is my mood today :)
Big girls you are beautiful...
Ele já nos tinha brindado com um este Grace Kelly que eu já tinha considerado um verdadeiro espectáculo, saídinho das entranhas do novo álbum este girls you´re beautiful está lindo! Com um timbre a ressoar o mito (Fredie Mercury), eu sou fã!
Thursday, July 26, 2007
18
Deitei-me em minha casa e acordei na casa da avó. Não percebia porquê. Fui ter com o avó que estava a fazer a barba e perguntei-lhe:
-avô, porque é que estou aqui?
O meu avô sorriu para mim. Sentou-se na borda da banheira e sentou-me nos joelhos.
- Estás aqui porque a tua mãe foi para o hospital. É hoje que tu vais ter uma mana.
- É hoje? É hoje que eu vou ter uma mana para me ir buscar á escola?
- (risos) sim, é hoje que tu vais ter uma mana.
É a minha mais longínqua memória.
Fui ver-te, pequenina. Não me lembro mas a mãe disse que eu estava estranha e que me deu muitos beijinhos. Lembro-me de pegar em ti e de fazer de ti a minha boneca, dar-te papinha, mudar-te a fralda, dar-te carinhos e algumas palmadas.
Tinha 5 anos. E faz hoje 18 anos que eu tive uma mana.
-avô, porque é que estou aqui?
O meu avô sorriu para mim. Sentou-se na borda da banheira e sentou-me nos joelhos.
- Estás aqui porque a tua mãe foi para o hospital. É hoje que tu vais ter uma mana.
- É hoje? É hoje que eu vou ter uma mana para me ir buscar á escola?
- (risos) sim, é hoje que tu vais ter uma mana.
É a minha mais longínqua memória.
Fui ver-te, pequenina. Não me lembro mas a mãe disse que eu estava estranha e que me deu muitos beijinhos. Lembro-me de pegar em ti e de fazer de ti a minha boneca, dar-te papinha, mudar-te a fralda, dar-te carinhos e algumas palmadas.
Tinha 5 anos. E faz hoje 18 anos que eu tive uma mana.
Ele há putos com sorte!
O Manchester United contratou um menino britânico de 9 anos, depois de ter visionado um vídeo seu no YouTube. O video foi colocado na net por um familiar do menino. Os "olheiros" do clube viram o filme, ficaram convencidos e convenceram a mãe do menino a juntá-lo á equipa de júniors...
Tuesday, July 24, 2007
Patriotismo do puro. Só recomendável a quem sofre do mesmo bem...
Em resposta a isto o Pascal (Belga) diz-me:
"Eu também não sei o hino belga, e acredito que o agora primeiro ministro também não saiba (eu entretanto abri a boca de espanto). Não percebo porque é que se hão de cantar hinos a invocar guerras e memórias que deveriam estar esquecidas nos tempos..." "O próprio hino Português invoca a escravatura nas ex-colónias, não percebo porque ficas tão supreendida..."
A perda de indentidade própria, apátriamento é algo que me assusta. Não me imagino a cantar qualquer outro hino, a sentir emoção por qualquer outra bandeira, a torçer á séria por mais nenhuma seleção de futebol.
Aprendi ainda na escola primária o hino. Practicáva-mos todas as sextas feiras á tarde de pé, quantas vezes fossem precisas para sair perfeito, com a minha professora, uma relíquia do estado novo, a apontar cada linha com uma cana verde.
Claro que não sei o hino belga! Não sei a letra mas reconheço a Marselhesa e o God save the Queen, mas reconheço bem a 9ª sinfonia de Beetoveen (hino Europeu).
Mas é claro que sei o meu hino, afinal é a canção da minha pátria, a música do meu país. Aquela que toca sempre que a minha bandeira sobe.
Quando não nos identificamos como sendo de uma pátria somos, acredito, muito mais levianos. Não existe ali uma emoçaozinha a puxar a asa para casa. Agora compreendo um pouco melhor a admiração de muita gente (Pascal inclusivé) quando lhes comunico que vou de novo a casa...
"Eu também não sei o hino belga, e acredito que o agora primeiro ministro também não saiba (eu entretanto abri a boca de espanto). Não percebo porque é que se hão de cantar hinos a invocar guerras e memórias que deveriam estar esquecidas nos tempos..." "O próprio hino Português invoca a escravatura nas ex-colónias, não percebo porque ficas tão supreendida..."
A perda de indentidade própria, apátriamento é algo que me assusta. Não me imagino a cantar qualquer outro hino, a sentir emoção por qualquer outra bandeira, a torçer á séria por mais nenhuma seleção de futebol.
Aprendi ainda na escola primária o hino. Practicáva-mos todas as sextas feiras á tarde de pé, quantas vezes fossem precisas para sair perfeito, com a minha professora, uma relíquia do estado novo, a apontar cada linha com uma cana verde.
Claro que não sei o hino belga! Não sei a letra mas reconheço a Marselhesa e o God save the Queen, mas reconheço bem a 9ª sinfonia de Beetoveen (hino Europeu).
Mas é claro que sei o meu hino, afinal é a canção da minha pátria, a música do meu país. Aquela que toca sempre que a minha bandeira sobe.
Quando não nos identificamos como sendo de uma pátria somos, acredito, muito mais levianos. Não existe ali uma emoçaozinha a puxar a asa para casa. Agora compreendo um pouco melhor a admiração de muita gente (Pascal inclusivé) quando lhes comunico que vou de novo a casa...
Saturday, July 21, 2007
O verdadeiro almoço Tuga :)
Esta madrugada enchêmo-nos de coragem e levantámos o fofo cedo da cama (4.30!!) para ir ao mercado do Peixe nas Docas - Billingsgate Market, mesmo ao lado de Canary Wharf. A proximidade dos dois locais faz-me sempre lembrar a expressão "pérolas para porcos", mas enfim, este tema dava origem a um outro longo e prolongado post...
Ora dizia eu que nos abastecemos com dois kilos e meio de Sardinhas fresquinhas e gordas, mesmo como eu gosto, (eu como levo o mestre da terra do peixe vou descansada!) e navalhas para degustarmos ao jantar...nham, nham...
Convenhamos que anunciámos aos vizinhos e arredores que iamos comer sardinhas, dada a fumaçeira que saía da nossa varanda...