Em resposta a isto o Pascal (Belga) diz-me:
"Eu também não sei o hino belga, e acredito que o agora primeiro ministro também não saiba (eu entretanto abri a boca de espanto). Não percebo porque é que se hão de cantar hinos a invocar guerras e memórias que deveriam estar esquecidas nos tempos..." "O próprio hino Português invoca a escravatura nas ex-colónias, não percebo porque ficas tão supreendida..."
A perda de indentidade própria, apátriamento é algo que me assusta. Não me imagino a cantar qualquer outro hino, a sentir emoção por qualquer outra bandeira, a torçer á séria por mais nenhuma seleção de futebol.
Aprendi ainda na escola primária o hino. Practicáva-mos todas as sextas feiras á tarde de pé, quantas vezes fossem precisas para sair perfeito, com a minha professora, uma relíquia do estado novo, a apontar cada linha com uma cana verde.
Claro que não sei o hino belga! Não sei a letra mas reconheço a Marselhesa e o God save the Queen, mas reconheço bem a 9ª sinfonia de Beetoveen (hino Europeu).
Mas é claro que sei o meu hino, afinal é a canção da minha pátria, a música do meu país. Aquela que toca sempre que a minha bandeira sobe.
Quando não nos identificamos como sendo de uma pátria somos, acredito, muito mais levianos. Não existe ali uma emoçaozinha a puxar a asa para casa. Agora compreendo um pouco melhor a admiração de muita gente (Pascal inclusivé) quando lhes comunico que vou de novo a casa...
1 comment:
Ta certo... Mas conheces bem a Belgica? Nao ha muito pelo que ficar emocionado...
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