Eu e o Mike temos uma relação de amor-ódio. Gritamos e esbracejamos um com o outro, aleijamo-nos mútuamente para acabarmos num abraço apertado. Ele sabe que pode criticar-me duramente porque eu o critico a ele, e eu sei que posso esperar o melhor dele porque nas críticas e nos sermões duros revejo sempre a imagem do supervisor extremoso que não deseja menos do que o melhor para os seus púpilos.
Esta semana o Mike foi ao Chipre assim de rapidinho, e não teve tempo para comprar os habituais bolinhos ou entretens para o lab. Mas trouxe na bagagem para mim uma garrafinha de azeite virgem puro, lá do Olival da mãe dele, porque "eu sei como ninguém apreciar a boa cultura mediterrânea". O amor vê-se nos gestos mais pequenos.
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