Já lá vão dois dos cinco desta semana passados a empinar ética e manuseamento animal. Tempos dificeis, quando eu tenho opiniões muito minhas e que divergem de muito boa gente no que diz respeito ao teste-animal. Aulas e prácticas, com direito a exame quinta-feira da semana que vem, toma-lá não te gabes desta vida boa que têm sido os últimos anos possuidora de grandes descontos cartão estudante. Maravilha, pá.
Antes de mais nada deixem-me tirar-vos as teias da cabeça que eu gosto muito das coisas certinhas-direitinhas: eu sou uma alegre fã da body shop. Uma fã daquelas que compra o esfoliador e creme corporal sabor/cheiro de côco assim uns atrás dos outros, mas verdadinha, verdadinha meus queriduxos, lamento desapontar, mas quando diz no rótulo que tal produto “não é testado em animais”, eu só posso confirmar que sim, aquele gel-de-banho-nhami-nhami-que-dá-mais-vontade-de-despejar-garganta-adentro-do-que-esfregar-no-toucinho efectivamente ainda não foi testado no animal que o vai comprar. Morde aqui a ver se eu deixo. E ficamos por aqui.
Vamos lá então à bicharada. Pois é, esta semana eu andei a ver se “fazia amigos entre os animais, porque “amigos destes não são demais na vida...”
Tudo começou no contacto. Ora se eu pego bem no coelho Neo-Zelandês, se eu não me importo de agarrar um hamsterzinho, se pegar num ratito pela cauda não me custa nada, nada..... não há quem me convença a pegar numa ratazana. Eu, a filha da minha mãe, menina da aldeia, para quem ratazanas são sinal de que muita coisa vai mal, não pego em ratazanas. Ui, isso é que não, mas é que nem mortinha da silva.. É que só de pensar nisso até se me arrebitam os pêlos das costas...! Nem tocar, nem agarrar, nem fazer festinhas e muito menos aconchegá-las no meu colinho. Agora cá ratazanas perto das minha mamas, isso é que era bom. Chumbem-me a ver se eu me dano.
Logo de seguida vem a parte das injecções, e aqui não é para me gabar, mas eu até que que sou bem boa. Treinamos em laranjas – a técnica é ser rápida e meter a agulhinha lá para dentro até ao fundo sem encolher com a possível reacção do ratinho – e a coisa corre bem. Nos ratos eu sou um ás, cá mesericórdias, é para injectar é para injectar!
Mas volta tudo a dar para o torto quando chega a hora da matança. Ora eu sou da opinião de que espécies genéticamente modificadas (ratinhos mutagénicos, sem malformações aparentes), castradas, cujas doenças genéticas sejam terminais (ou seja, vão morrer de qualquer modo), deveriam ser libertados - para as ruas de Londres, porque não? mais um menos um...- para uma morte digna.
Não ...a ordem é para matar. E matar “humanamente, numa câmara de gás”, coisa tal que me deixa completamente fora de mim. Primeiro porque eu nao tenho paciência para esperar meia-hora para deitar carcaças de ratinhos para o lixo todos os dias, e depois, mais importante que isso, porque muito sinceramente, matem-me depressa, de rompante, á queima-roupa, mas não me afogem nem me deixem a pensar na morte a padecer, que eu quero morrer feliz.
E eis que me encontro muito angústiadinha com tudo isto, o que vale é que são mesmo só uns diazitos na imensidão de dias que passo agarrada á minha bancada senão acho mesmo que desistia já, já. Chipa.
p.s. agora só aqui para nós que ninguém nos ouve respondam-me lá a uma coisinha que me deixou intrigada o dia todo...ora imaginem lá que trabalhavam num departamento animal, a pegar em criaturas a torto e direito, injecta daqui, aperta d’acolá, sem luvas pois os bicharocos nem gostam do latex...pois deixariam as vossas unhacas crescer como se precisassem muito delas para escavar terra?? Pois não fariam isso, pois não? Eu também não, e faz-me espécie.
Antes de mais nada deixem-me tirar-vos as teias da cabeça que eu gosto muito das coisas certinhas-direitinhas: eu sou uma alegre fã da body shop. Uma fã daquelas que compra o esfoliador e creme corporal sabor/cheiro de côco assim uns atrás dos outros, mas verdadinha, verdadinha meus queriduxos, lamento desapontar, mas quando diz no rótulo que tal produto “não é testado em animais”, eu só posso confirmar que sim, aquele gel-de-banho-nhami-nhami-que-dá-mais-vontade-de-despejar-garganta-adentro-do-que-esfregar-no-toucinho efectivamente ainda não foi testado no animal que o vai comprar. Morde aqui a ver se eu deixo. E ficamos por aqui.
Vamos lá então à bicharada. Pois é, esta semana eu andei a ver se “fazia amigos entre os animais, porque “amigos destes não são demais na vida...”
Tudo começou no contacto. Ora se eu pego bem no coelho Neo-Zelandês, se eu não me importo de agarrar um hamsterzinho, se pegar num ratito pela cauda não me custa nada, nada..... não há quem me convença a pegar numa ratazana. Eu, a filha da minha mãe, menina da aldeia, para quem ratazanas são sinal de que muita coisa vai mal, não pego em ratazanas. Ui, isso é que não, mas é que nem mortinha da silva.. É que só de pensar nisso até se me arrebitam os pêlos das costas...! Nem tocar, nem agarrar, nem fazer festinhas e muito menos aconchegá-las no meu colinho. Agora cá ratazanas perto das minha mamas, isso é que era bom. Chumbem-me a ver se eu me dano.
Logo de seguida vem a parte das injecções, e aqui não é para me gabar, mas eu até que que sou bem boa. Treinamos em laranjas – a técnica é ser rápida e meter a agulhinha lá para dentro até ao fundo sem encolher com a possível reacção do ratinho – e a coisa corre bem. Nos ratos eu sou um ás, cá mesericórdias, é para injectar é para injectar!
Mas volta tudo a dar para o torto quando chega a hora da matança. Ora eu sou da opinião de que espécies genéticamente modificadas (ratinhos mutagénicos, sem malformações aparentes), castradas, cujas doenças genéticas sejam terminais (ou seja, vão morrer de qualquer modo), deveriam ser libertados - para as ruas de Londres, porque não? mais um menos um...- para uma morte digna.
Não ...a ordem é para matar. E matar “humanamente, numa câmara de gás”, coisa tal que me deixa completamente fora de mim. Primeiro porque eu nao tenho paciência para esperar meia-hora para deitar carcaças de ratinhos para o lixo todos os dias, e depois, mais importante que isso, porque muito sinceramente, matem-me depressa, de rompante, á queima-roupa, mas não me afogem nem me deixem a pensar na morte a padecer, que eu quero morrer feliz.
E eis que me encontro muito angústiadinha com tudo isto, o que vale é que são mesmo só uns diazitos na imensidão de dias que passo agarrada á minha bancada senão acho mesmo que desistia já, já. Chipa.
p.s. agora só aqui para nós que ninguém nos ouve respondam-me lá a uma coisinha que me deixou intrigada o dia todo...ora imaginem lá que trabalhavam num departamento animal, a pegar em criaturas a torto e direito, injecta daqui, aperta d’acolá, sem luvas pois os bicharocos nem gostam do latex...pois deixariam as vossas unhacas crescer como se precisassem muito delas para escavar terra?? Pois não fariam isso, pois não? Eu também não, e faz-me espécie.
3 comments:
Ai mulher... nem sei por onde pegar este post...
Enfim, não, não deoxava as unhas crescer mas tb acho que usava luvas. Quero lá saber que os animais não gostem. Mas isto digo eu agora...
nem eu...seringas e animais juntos e testes e etc faz me impressão e não consigo.
E com, unhas grandes à mistura....
digamos k que ainda bem k ainda n almocei.....
Eu sei de um laboratório na UCSF onde se mata os ratinhos torcendo-lhes o pescoço.
Mas o mais chocante é que é mais barato matar esses e comprar uns novos, que esperar umas semanas para fazer a experiência seguinte com eles.
(Não são experiências dolorosas ou que afectem a saúde)
Uma vez houve lá uma discussão com a Comissão de Ética, e um dos responsáveis do laboratório perguntou-lhes como é que tratavam os ratos que encontravam na despensa da casa deles...
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