o que me nasce cá dentro

Sim, confesso; tenho andado a fugir com o rabinho á seringa.
Queria mesmo poder sentar-me aqui sem stresses e escrever para voçês, contar-vos tudo o que sinto, exprimir-me, soltar-me, poder estar convosco a tempo inteiro, como a minha máxima: dar tudo de mim em tudo o que faço...
Queria contar-vos como estes últimos tempos têm sido agitados; da forma como eu mantenho o equilíbrio mesmo tendo em conta a tempestade que agita o meu navio; de como a cada dia que passa me torno mais forte e mais fraca, com mais coragem e chorando cada vez mais...

Pois é. Tenho vivido na barcaça das emoções. Daquelas fortes, que magoam quando as ouvimos porque as sabemos ser injustas e invejosas; mas que nos tornam seres mais plenos ao compreedermos os seus motivos...
Sim, tenho chorado mais. Choro quando vejo alguém recolher do lixo, como eu vi hoje, aquilo que eu já não quiz comer. Choro quando vejo, como eu vi esta semana, um pai (penso que pai) bater cruelmente num menino que não tinha 2 anos; choro quando percebo pela enésima vez que eu sou debroada a ouro e que nunca eu chorei uma lágrima de pura infelicidade.

Como sou feliz! como deveria chorar de felicidade de ser tão agraciada pelo mundo. Ás vezes penso que sou revestida de veludo, que amacia qualquer dor...como se tivesse um guardião, um "anjo da guarda" que me protege de noite e de dia, velando para que nada me falte, fazendo com que o meu sorriso renasça a cada dia.

Vou pedir-vos um favor; um dia, quando tiverem filhotes lindos e lhes contarem histórias de princesas para adormecer dêem um nome á princesa. Porque a princesa existiu e viveu no mundo encantado o mundo da fantasia dela, da felicidade e do amor. Essa princesa chama-se Sónia e sou eu, a "mulher mais feliz do mundo"....

Sonixa