Friday, June 30, 2006
Thursday, June 29, 2006
Inglaterra/Portugal - preparativos para
Pronto, estou lixada. Não me largam com o jogo de sábado.
No meu lab está tudo contra mim:
*A Gill, Inglesa, já se sabe..
*O mesmo vale para o Michael, nasceu no Cipre mas têm nacionalidade Britânica..
*A Marianne, Sueca, tanto comentei a saída da Suécia que apoia a Inglaterra incondicionalmente (ao compete, isto de não se ter ideias próprias é no que dá...);
*O Espanhol, Rafael, ouviu tantas bocas ou tão poucas graças á derrota com a França e anda tão fartinho dos meu acessos de patriotismo (ele é cachecoís, ele é bandeiras, ele é top´s...) que pronto nem vale a pena pensar que ele vai sequer querer que Portugal vá ás meias (então é que eu não me calo...pensará ele!)
*só o Vincent é que lá se saiu com uma do tipo "eu gosto de ver futebol com táctica, portanto devo estar a torcer por Portugal..." sinceramente, convenhamos de depois da última sessão de luta livre este comentário não vêm muito a propósito...
No Departamento no geral há lugar para os indecisos (Indianos, Sérvios, Checos, Escoceses e Irlandeses) e para os contra mim..
Hoje na televisão abaixava-se Portugal. Eles estão muito moralizados, acham que nos vão bater na boa, como se fossem jogar com uma equipa de terceira divisão que não causa problemas...
Não percebo, se somos assim tão maus, para que é que se proocupam connosco? Porque é que se preocupam a abaixar-nos?
Enfim, sou a única mas confesso que estou confiante. Quando me ameaçam do tipo "vais perder!" esboço um sorriso como quem prevê de antemão um jogo daqueles...e para mim, acreditem, este vai mesmo ser O JOGO do Mundial...
No meu lab está tudo contra mim:
*A Gill, Inglesa, já se sabe..
*O mesmo vale para o Michael, nasceu no Cipre mas têm nacionalidade Britânica..
*A Marianne, Sueca, tanto comentei a saída da Suécia que apoia a Inglaterra incondicionalmente (ao compete, isto de não se ter ideias próprias é no que dá...);
*O Espanhol, Rafael, ouviu tantas bocas ou tão poucas graças á derrota com a França e anda tão fartinho dos meu acessos de patriotismo (ele é cachecoís, ele é bandeiras, ele é top´s...) que pronto nem vale a pena pensar que ele vai sequer querer que Portugal vá ás meias (então é que eu não me calo...pensará ele!)
*só o Vincent é que lá se saiu com uma do tipo "eu gosto de ver futebol com táctica, portanto devo estar a torcer por Portugal..." sinceramente, convenhamos de depois da última sessão de luta livre este comentário não vêm muito a propósito...
No Departamento no geral há lugar para os indecisos (Indianos, Sérvios, Checos, Escoceses e Irlandeses) e para os contra mim..
Hoje na televisão abaixava-se Portugal. Eles estão muito moralizados, acham que nos vão bater na boa, como se fossem jogar com uma equipa de terceira divisão que não causa problemas...
Não percebo, se somos assim tão maus, para que é que se proocupam connosco? Porque é que se preocupam a abaixar-nos?
Enfim, sou a única mas confesso que estou confiante. Quando me ameaçam do tipo "vais perder!" esboço um sorriso como quem prevê de antemão um jogo daqueles...e para mim, acreditem, este vai mesmo ser O JOGO do Mundial...
Tuesday, June 27, 2006
Monday, June 26, 2006
Mais um fim-de-semana daqueles...
Cá estou. Vinda de um fim-de-semana daqueles que valem a pena, que nos deixam de alma cheia, de coração solto e com a consciência limpinha. Mas vamos por partes;
noitadas de lab
Pronto, eu sei que vão todos pensar que estou a ficar xoné mas duas noites de noitada no meu local de trabalho, como odiamente lhe chamo, souberam-me a pato, puxaram-me o trabalho milhas para a frente e deixam-me uma sensação de alívio na alma ( sim, daí a falta de posts!)
solinho e bom tempo
Pelo menos na sexta e no sábado. O domingo foi um bocadinho mais choucho, e hoje chuveu o dia todo, mas no sábado queimou bem, até eu fiquei mais rosadinha...
e para terminar em beleza: portugal-holanda:
Ontem lá fui até Stockwell. Stockwell é um sítio engraçado, aonde vivem uma data de portugueses (agora bem denunciados pelas bandeiras á janela) e aonde ficam alguns supermercados/peixarias/pastelarias pitorescas com sabor a maresia e a canela do pastel de nata. Uma verdadeira relíquia no meio desta confusão que é Londres aonde pastelarias simplesmente não existem e comprar peixe só na sexta-feira no Borough market, e não é do fresco...
Stockwell é um daqueles sítios que fazem sentido se moramos por cá, e que só vamos conhecendo quando cá estamos. Confesso que a grande maioria é aquele português chunga (assim tipo C. ronaldo, sabem?), que trabalha o dia nas obras e cuja mulher limpa um escritório qualquer. Tradicionalmente o cordão de ouro sobre a peitaça, barriga enorme, bigode farfalhudo e um bafo a alcool que até agoneia.
Mas para dizer a verdade isso nao me interessa nada. Com ou sem dentes podres estes tipos têm algo em comum comigo, nem que seja so a cor da vestimenta (bandeira) e a mesma língua. Pronto, eu confesso, até estou a exagerar, também havia gente com cara de porreirinha ali numa de confratenização. É que o abismo é grande entre as duas classes de tuginhas que habitam por aqui; ou se têm muito ou não se têm nada, se é que me entendem... como me disse o João, colega de experiências laboratoriais, os mormais ficam em Portugal, não veem porque ou não precisam ou não podem...
Mas vontando ao assunto principal, lá nos safámos de novo, depois de muita pancada. Não quero lançar dramas, até porque acho que o Sr. árbitro também têm culpas no cartório, mas acho que os nossos meninos andaram a ter algumas aulinhas privadas de boxe, não? Até o Figo se deu ao luxo de pregar uma boa cabeçada...
Mas valeu o golo de Maniche, valeu um Tiago inspirado, um Ricardo que não comprometeu e um C. Ronaldo chorão. Hoje não se cansavam de fazer piadinhas do menino chorão...resposta inata da cromossoma: pois chora, é porque gosta! Porque acredita, porque vive cada momento. Porque não se compara convosco, sempre frios e duros, fechados a qualquer sentimento...sempre sem se conseguirem exprimir... bem, é melhor calar o pio que o próximo é mesmo aqui com os bifes...
noitadas de lab
Pronto, eu sei que vão todos pensar que estou a ficar xoné mas duas noites de noitada no meu local de trabalho, como odiamente lhe chamo, souberam-me a pato, puxaram-me o trabalho milhas para a frente e deixam-me uma sensação de alívio na alma ( sim, daí a falta de posts!)
solinho e bom tempo
Pelo menos na sexta e no sábado. O domingo foi um bocadinho mais choucho, e hoje chuveu o dia todo, mas no sábado queimou bem, até eu fiquei mais rosadinha...
e para terminar em beleza: portugal-holanda:
Ontem lá fui até Stockwell. Stockwell é um sítio engraçado, aonde vivem uma data de portugueses (agora bem denunciados pelas bandeiras á janela) e aonde ficam alguns supermercados/peixarias/pastelarias pitorescas com sabor a maresia e a canela do pastel de nata. Uma verdadeira relíquia no meio desta confusão que é Londres aonde pastelarias simplesmente não existem e comprar peixe só na sexta-feira no Borough market, e não é do fresco...
Stockwell é um daqueles sítios que fazem sentido se moramos por cá, e que só vamos conhecendo quando cá estamos. Confesso que a grande maioria é aquele português chunga (assim tipo C. ronaldo, sabem?), que trabalha o dia nas obras e cuja mulher limpa um escritório qualquer. Tradicionalmente o cordão de ouro sobre a peitaça, barriga enorme, bigode farfalhudo e um bafo a alcool que até agoneia.
Mas para dizer a verdade isso nao me interessa nada. Com ou sem dentes podres estes tipos têm algo em comum comigo, nem que seja so a cor da vestimenta (bandeira) e a mesma língua. Pronto, eu confesso, até estou a exagerar, também havia gente com cara de porreirinha ali numa de confratenização. É que o abismo é grande entre as duas classes de tuginhas que habitam por aqui; ou se têm muito ou não se têm nada, se é que me entendem... como me disse o João, colega de experiências laboratoriais, os mormais ficam em Portugal, não veem porque ou não precisam ou não podem...
Mas vontando ao assunto principal, lá nos safámos de novo, depois de muita pancada. Não quero lançar dramas, até porque acho que o Sr. árbitro também têm culpas no cartório, mas acho que os nossos meninos andaram a ter algumas aulinhas privadas de boxe, não? Até o Figo se deu ao luxo de pregar uma boa cabeçada...
Mas valeu o golo de Maniche, valeu um Tiago inspirado, um Ricardo que não comprometeu e um C. Ronaldo chorão. Hoje não se cansavam de fazer piadinhas do menino chorão...resposta inata da cromossoma: pois chora, é porque gosta! Porque acredita, porque vive cada momento. Porque não se compara convosco, sempre frios e duros, fechados a qualquer sentimento...sempre sem se conseguirem exprimir... bem, é melhor calar o pio que o próximo é mesmo aqui com os bifes...
Friday, June 23, 2006
A minha ronha
Eu sou daquelas pessoas que gosto de dormir. Gosto de ficar manhãs na minha ronha entre os lençóis, quentinha, ouvindo o mundo a girar lá fora e desligar por um tempo a tomada. Deixar que a moleza entranhe e que me consuma por um tempo, que me deixe solta e presa simultaneamente a esta vontade de viver cada segundo.
Eu gosto de dormir as minhas 16 horas diárias (mas não, não sou daquelas que fica com mau humor se dormir só três!), de aproveitar, de sentir bem os fins-de semana…porque eles são isso mesmo, o fim da semana, o descanso…
Quando era pequenina e tinha tardes de folga na escola das duas uma, ou entrava no meio mundo da fantasia, no meu refugio e cantava, ria, dançava pulava com deliro, ou me refugiava no quentinho doce e na paz interior que só eu conheço que me leva a todo o lado e que me deixa sempre voar alto, alto, sem medo de cair…
Teorias como o sono polifásico ou simplesmente um “não gosto de dormir” estão condenadas comigo. Não irei nunca ser capaz de abortar esta minha vontade de dormir, dormir, dormir… dormir sempre acreditando no amanhã e que “o sonho comanda a vida”.
Por isso, já sabem: quando me virem em baixo, mandem-me ir dormir que eu não levo a mal.
Eu gosto de dormir as minhas 16 horas diárias (mas não, não sou daquelas que fica com mau humor se dormir só três!), de aproveitar, de sentir bem os fins-de semana…porque eles são isso mesmo, o fim da semana, o descanso…
Quando era pequenina e tinha tardes de folga na escola das duas uma, ou entrava no meio mundo da fantasia, no meu refugio e cantava, ria, dançava pulava com deliro, ou me refugiava no quentinho doce e na paz interior que só eu conheço que me leva a todo o lado e que me deixa sempre voar alto, alto, sem medo de cair…
Teorias como o sono polifásico ou simplesmente um “não gosto de dormir” estão condenadas comigo. Não irei nunca ser capaz de abortar esta minha vontade de dormir, dormir, dormir… dormir sempre acreditando no amanhã e que “o sonho comanda a vida”.
Por isso, já sabem: quando me virem em baixo, mandem-me ir dormir que eu não levo a mal.
Tuesday, June 20, 2006
Pareço mais velha?
Eu, habituada que estou a ser o Benjamim do meu laboratório hoje apanhei uma bofetada dequelas bem grandes. Ora eu tenho 21 aninhos. Há por acaso algum mal nisso? Tenho orgulho, gosto muito e não fico a dever nada a ninguém por isso...é um prazer poder usufuir do mundo dos "adultos" (na boca deles, já que no meu departamento não existe ninguem com menos de 25 anos á excepção aqui da Je).
Hoje ao almoço, e falando de idades, lá me escapou que tenho 21...como a qualquer un deles escaparia um 27 ou um 30...bem, caiu o carmo e a trindade... "Tu? 21?
olha que não pareces nada!Pareces mais velha..." desculpem? Eu ouvi bem? Eu não pareço ter 21 anos? PAREÇO MAIS VELHA?
"Ah, sabes, é que não é muito normal pessoas no nosso departamento com 21 anos!" Ai não? e depois? Só porque não é normal eu tenho á força que ser mais velha?
Tou fula. Ora eu pareço velha, é esta a minha conclusão.Isto vai mas é a forum, ora digam lá: Quem dá 21 aninhos aqui á carochinha, hum?
Monday, June 19, 2006
Vida de Nómada
Ao fim destes anos todos armada em nómada (e já lá vão quase 4) tenho apreendido algumas coisas, as cinco lições mais importantes para um nómada:
Primeira lição – quem é nómada não vive de luxos, não pode viver. Quem é nómada têm que saber viver pelo menos 3 meses com apenas uma mala de viajem, sempre pronto a ensacar, sempre á justa … a medida é aquela, se entra mais alguma coisa, uma outra coisa vai ter que sair.
Segunda lição – a lei do desenrrasca. Frases do tipo “quem não pede não ouve Deus” e “quem não arrisca não petisca” passam a fazer parte do dicionário. Pedir boleia, dormir no aeroporto, fazer chorinhos, entrar no fim do comboio e sair na próxima estação sem pagar e fazer amigos a todas as esquinas são uma constante. A vida é uma verdadeira aventura!
Terceira lição – apreender a usar máquinas de lavar/secar roupa comunitárias e passar a conhecer-lhes as manhas (exemplo = depois de colocar uma moeda de um pound se só carregares uma vez a máquina seca durante 15 minutos, se carregares 5 ela seca 90…)
Quarta lição – arranjar maneira de confortar o ratinho. Quem não apreende a cozinhar…passa fome!
Quinta lição - despreender-se de pudores. necessidades fisiológicas têm toda a gente, nos mais variados sítios....
Primeira lição – quem é nómada não vive de luxos, não pode viver. Quem é nómada têm que saber viver pelo menos 3 meses com apenas uma mala de viajem, sempre pronto a ensacar, sempre á justa … a medida é aquela, se entra mais alguma coisa, uma outra coisa vai ter que sair.
Segunda lição – a lei do desenrrasca. Frases do tipo “quem não pede não ouve Deus” e “quem não arrisca não petisca” passam a fazer parte do dicionário. Pedir boleia, dormir no aeroporto, fazer chorinhos, entrar no fim do comboio e sair na próxima estação sem pagar e fazer amigos a todas as esquinas são uma constante. A vida é uma verdadeira aventura!
Terceira lição – apreender a usar máquinas de lavar/secar roupa comunitárias e passar a conhecer-lhes as manhas (exemplo = depois de colocar uma moeda de um pound se só carregares uma vez a máquina seca durante 15 minutos, se carregares 5 ela seca 90…)
Quarta lição – arranjar maneira de confortar o ratinho. Quem não apreende a cozinhar…passa fome!
Quinta lição - despreender-se de pudores. necessidades fisiológicas têm toda a gente, nos mais variados sítios....
Filosofando
A minha mana têm hoje exame de filosofia. Tadinha da minha mana…
De repente lembrei-me das minhas aulas de filosofia, ao canto da sala, do lado direito a Rita (como sempre!).O 10º ano passei quase sempre agoniada porque a espécie vizinha do lado esquerdo se entretia a comer macacos do nariz….talvez por isso no 11º tenha passado para o lado direito, com Rita á minha esquerda. Passando á frente: eu sempre fui do tipo se gosto então gosto muito, se não gosto então olha, paciência, mas não gosto nada. Talvez por isso as minha notas de filosofia oscilaram tanto entre o 18 e o 9, dependendo das épocas, se Platão entrava ou se Kant estava saía. Á conta destas fui no 12º para geometria descritiva (que odiei!) pra fugir áquele prof que tinha muito-mais-pinta-para-padre.
Mas a verdade, verdadinha é que a minha filosofia é outra (tal como a da Didi parece ser…) Nunca percebi porque é que tinha que estudar filosofia. Reparem bem, porque razão haverão miúdos de ciências ter que estudar filosofia? Adoro as minhas células, chamo-lhes amor e dou-lhes miminhos todos os dias mas a última coisa que me passa na tola é filosofar para elas… conclusão: Andei a estudar filosofia dois anos para nada, nadinha...Anda qualquer coisa mal no ensino em Portugal, de certezinha…
p.s. O melhor do mundo pra ti hoje Didi, beijos lambuços e “abraços-á-velho”.
De repente lembrei-me das minhas aulas de filosofia, ao canto da sala, do lado direito a Rita (como sempre!).O 10º ano passei quase sempre agoniada porque a espécie vizinha do lado esquerdo se entretia a comer macacos do nariz….talvez por isso no 11º tenha passado para o lado direito, com Rita á minha esquerda. Passando á frente: eu sempre fui do tipo se gosto então gosto muito, se não gosto então olha, paciência, mas não gosto nada. Talvez por isso as minha notas de filosofia oscilaram tanto entre o 18 e o 9, dependendo das épocas, se Platão entrava ou se Kant estava saía. Á conta destas fui no 12º para geometria descritiva (que odiei!) pra fugir áquele prof que tinha muito-mais-pinta-para-padre.
Mas a verdade, verdadinha é que a minha filosofia é outra (tal como a da Didi parece ser…) Nunca percebi porque é que tinha que estudar filosofia. Reparem bem, porque razão haverão miúdos de ciências ter que estudar filosofia? Adoro as minhas células, chamo-lhes amor e dou-lhes miminhos todos os dias mas a última coisa que me passa na tola é filosofar para elas… conclusão: Andei a estudar filosofia dois anos para nada, nadinha...Anda qualquer coisa mal no ensino em Portugal, de certezinha…
p.s. O melhor do mundo pra ti hoje Didi, beijos lambuços e “abraços-á-velho”.
Sunday, June 18, 2006
Angola, cá vos esperamos!
Uma lição dada por angolanos.
A humildade ganhou ao número 4 no ranking da FIFA. Angola, a seleção do guarda-redes desempregado, do Akwá com cara de velho sofrido, do Zé Kalanga.
A provar que a vida não são royalties, a vida é suor. A riqueza não se extrai em off-shores, a riqueza sai de nós, do trabalho, nem que isso dure 90 minutos...
A humildade ganhou ao número 4 no ranking da FIFA. Angola, a seleção do guarda-redes desempregado, do Akwá com cara de velho sofrido, do Zé Kalanga.
A provar que a vida não são royalties, a vida é suor. A riqueza não se extrai em off-shores, a riqueza sai de nós, do trabalho, nem que isso dure 90 minutos...
Saturday, June 17, 2006
O Sonho continua...já estamos nos oitavos!
Hoje levantei-me com uma disposição daquelas. Eram dez horas porque o relógio biológico não sabe que é fim-de-semana e comecei logo aos pulinhos; chegou finalmente o grande dia, a minha estreia em jogos da selecção cá longe!!! (Lembro-vos que estava em Portugal no Euro2004 e que assisti ao Portugal-Angola ainda em terras lusitanas!!)
Meio-dia e começo os preparativos. Visto a minha camisola de Portugal caseira, desenhada por mim e elaborada pela minha avó Dete, ato o cachecol á carteira e ponho-me a caminho de Camden, a minha paragem inicial. Chego á estação e o metro está com tromboses. Os comboios para norte estão completamente congestionados, mudo de rumo, vou para sul, Stockwell, lá há festa pela certa.
Chego mesmo a tempo de ouvir o Hino, escolho o Café Estrela pela quantidade de gente, afinal já dizia o meu avô, a festa é aonde está o povo. Não há lugar sentado e poucos há em pé. Permaneço 90 minutos sob um sol abrazador (que bem se nota nos meus ombros), e quase que fico surda de tantos gritos, hurros, palmas, olés, “portugais”, “vás lás” e “vamos”. Ao intervalo, ainda a a zeros no marcador o povão desespera. Tenho então tempo para olhar em redor; gente de todas as idades vestida de vermelho rubro e verde bebendo sagres, super bocks e sumois. Milhares deles, a rua cheia. Apitam, cantam, gesticulam, riem e choram. De repente também eu tenho vontade de chorar…o que move toda esta gente? O que nos faz cá de longe vestir as cores da bandeira e gritar a cada passe dentro da área do adversário? Sei que é algo grandioso, que me deixa fascinada…
Vem a segunda parte e com ela dois grandes golos. Primeiro Deco, a confirmação de uma certeza, o toque de um mágico. Lindo! Stockell abanou forte! Depois Cristiano Ronaldo. Vamos lá ser verdadeiros, o tipo até pode ser saloio/chugoso, mas aquele golaço vale tudo, a confimação do estatuto: e vivó puto-maravilha!
A festa prolongou-se até agora (são 7 e meia) muitos apitos, muitas bandeiras, muitas palmas e muitas asneiras também (as bebedeiras já apertam). E para aqueles que apregoam para quê tanta festa eu respondo que posso não festejar mais nenhum, deixa aproveitar esta!
Foi bom.
A certeza permanece: Portugal a caminho do Mundial!
Meio-dia e começo os preparativos. Visto a minha camisola de Portugal caseira, desenhada por mim e elaborada pela minha avó Dete, ato o cachecol á carteira e ponho-me a caminho de Camden, a minha paragem inicial. Chego á estação e o metro está com tromboses. Os comboios para norte estão completamente congestionados, mudo de rumo, vou para sul, Stockwell, lá há festa pela certa.
Chego mesmo a tempo de ouvir o Hino, escolho o Café Estrela pela quantidade de gente, afinal já dizia o meu avô, a festa é aonde está o povo. Não há lugar sentado e poucos há em pé. Permaneço 90 minutos sob um sol abrazador (que bem se nota nos meus ombros), e quase que fico surda de tantos gritos, hurros, palmas, olés, “portugais”, “vás lás” e “vamos”. Ao intervalo, ainda a a zeros no marcador o povão desespera. Tenho então tempo para olhar em redor; gente de todas as idades vestida de vermelho rubro e verde bebendo sagres, super bocks e sumois. Milhares deles, a rua cheia. Apitam, cantam, gesticulam, riem e choram. De repente também eu tenho vontade de chorar…o que move toda esta gente? O que nos faz cá de longe vestir as cores da bandeira e gritar a cada passe dentro da área do adversário? Sei que é algo grandioso, que me deixa fascinada…
Vem a segunda parte e com ela dois grandes golos. Primeiro Deco, a confirmação de uma certeza, o toque de um mágico. Lindo! Stockell abanou forte! Depois Cristiano Ronaldo. Vamos lá ser verdadeiros, o tipo até pode ser saloio/chugoso, mas aquele golaço vale tudo, a confimação do estatuto: e vivó puto-maravilha!
A festa prolongou-se até agora (são 7 e meia) muitos apitos, muitas bandeiras, muitas palmas e muitas asneiras também (as bebedeiras já apertam). E para aqueles que apregoam para quê tanta festa eu respondo que posso não festejar mais nenhum, deixa aproveitar esta!
Foi bom.
A certeza permanece: Portugal a caminho do Mundial!
Friday, June 16, 2006
Temperaturas Loucas
Pela RFM voçês vão ter um fim-de-semana de chuvinha e trovoada...
Invejem-me os 27 graus que já se fazem sentir (são 9 da matina) e pensem lá:
Afinal em Londres não há apenas nevoeiro e chuva!
A Alemanha pelos vistos queixa-se do mesmo... Estas temperaturas estão loucas!
Invejem-me os 27 graus que já se fazem sentir (são 9 da matina) e pensem lá:
Afinal em Londres não há apenas nevoeiro e chuva!
A Alemanha pelos vistos queixa-se do mesmo... Estas temperaturas estão loucas!
Wednesday, June 14, 2006
para encher a alma: emigrantes desfilaram tabuleiros em NY
Cerca de 30 tomarenses emigrantes nos Estados Unidos da América desfilaram no sábado passado na Sétima Avenida (nas imediações do Empire State Building), na Broadway e por fim no Times Square. Lindo!
Tuesday, June 13, 2006
Retorno
Pois é, voltei. Como tinha anunciado não fiz nadinha, nada, niente, none, zero... e foi bom! Foi bom esquecer as viroses por uns tempos, pensar no solinho, comer gelados, ver um jogo daqueles que me fazem chorar no principio (ao hino) e suspirar de alívio no final (ai que soube a poucochinho!), usar sandálias, rir com a minha mana até doer a barriga, passear de carro (ao volante ou não!), levar umas picadelas de mosquito e sentar na “montra das estrelas”… sim, a vida sabe bem…
Hoje já estou de volta. Depois de uma noite mal dormida (com part-sleeps no avião, que isto de ser nómada não é pra todos) sai uma tarde de clausura no laboratório. Valeu o ar condicionado que por estas bandas está calor que se farta, e do abafante com direito a trovoada…mas quem mandou construir estas casas forradas a alcatifa? Que fornos! Ai quem me dera um chão de mosaicos pra me estender no fresquinho….
Sábado lá penso ir até Camden, seguir a sugestão do Tiago. “Camisola”já tenho que a avó Dete tratou do assunto… hihihi!! Penso eu que com o Irão vai ser canjinha…
Hoje já estou de volta. Depois de uma noite mal dormida (com part-sleeps no avião, que isto de ser nómada não é pra todos) sai uma tarde de clausura no laboratório. Valeu o ar condicionado que por estas bandas está calor que se farta, e do abafante com direito a trovoada…mas quem mandou construir estas casas forradas a alcatifa? Que fornos! Ai quem me dera um chão de mosaicos pra me estender no fresquinho….
Sábado lá penso ir até Camden, seguir a sugestão do Tiago. “Camisola”já tenho que a avó Dete tratou do assunto… hihihi!! Penso eu que com o Irão vai ser canjinha…
Tuesday, June 06, 2006
Aqui vou eu...
Hoje o laboratório não rendeu, o Mike não estava e a minha cabeça andava muito longe, muito longe…
Estou a horinhas de voltar a cheirar a minha terra, ver o sol, abraçar a minha mãe. Há lá coisa mais boa que voltar a casa?
Planos para as férias:
- comer bem (caracóis/ camarões/ sardinhas (das gordas)/ azeitonas/ sopa da pedra/ pasteis de nata/ pasteis de bacalhau/ chamuças/ chouriço/ queijinho fresco/ melão melancia e alperces/ caldo verde do da minha mãe que ainda vai longe do meu/ favas/ espetadas/ farinheira/ grão/ …)
- beber melhor (Sangria e vinho verde, hihihi!)
- apanhar um cadito (pouco) de sol para torrar as bochechas (acho que vou por esta parte em marcha já no avião!)
Bem, isto deve manter-me ocupada durante uns tempos…
Estou a horinhas de voltar a cheirar a minha terra, ver o sol, abraçar a minha mãe. Há lá coisa mais boa que voltar a casa?
Planos para as férias:
- comer bem (caracóis/ camarões/ sardinhas (das gordas)/ azeitonas/ sopa da pedra/ pasteis de nata/ pasteis de bacalhau/ chamuças/ chouriço/ queijinho fresco/ melão melancia e alperces/ caldo verde do da minha mãe que ainda vai longe do meu/ favas/ espetadas/ farinheira/ grão/ …)
- beber melhor (Sangria e vinho verde, hihihi!)
- apanhar um cadito (pouco) de sol para torrar as bochechas (acho que vou por esta parte em marcha já no avião!)
Bem, isto deve manter-me ocupada durante uns tempos…
Simplesmente; The Goo Goo Dolls
Para além de ser a Sónia, a mulher, a cientista fascinada pelo mundo da descoberta, a menina responsável que sai do laboratório ás 10 da noite (como hoje por exemplo!), e que usa os “nurse shoes” (sapatos de enfermeira) como diriam os meus amigos; tenho 21 aninhos e a PDI não perdoa; as minhas hormonas também saltam, eu também tenho borbulhas, e, como diria a minha avozinha também “estou sempre pronta para um passinho de dança”.
E foi isso mesmo que aconteceu ontem (domingo). Juntei-me á minha companheira de farras (Olívia, Ohio USA) e zumba, aí fomos nós aos Goo Goo Dolls…
Bem meus amigos….aquilo vale a pena!! Confesso que ia assim como quem não quer a coisa, muito descofiadita, até porque o concerto era na Brixton Academy e Brixton não é propriamente uma zona de “boa fama”…Mas os tipos são bestiais, o concerto foi tipo caseiro (loatção 4000, não é muito), a música tava óptima, os tipos que fizeram a primeira parte até tiveram bem (bastante bem pra quem só lançou um single até agora) e até tive direito a palheta do John e tudo… pronto só hoje de manha é que não me sentia lá com muita disposição para ir para o laboratório, mas esta semana começámos em slow motion e eu quarta já me ponho a milhas…
Friday, June 02, 2006
É um prazer apresentar-vos...o Vincent!
O meu colega de laboratório, que atura as minhas explosões momentâneas, que me rouba os marcadores e o rolo de papel, que apesar de ser lá das chinas é um granda preguiço, que come arroz todos os dias sem enjoar, e que e faz o meu dia ter muito mais piada... um verdadeiro COMPINCHA!
Thursday, June 01, 2006
O ir e o voltar.
Estou aqui há 3 anos e meio (quase 4) e confesso que há algum tempo deixei de ter saudades. Pelo menos saudades daquela forma asfixiante que não me deixa fazer mais nada, pensar em mais nada, apenas viver com os pés em Portugal... Uma pessoa habitua-se, aclima-se, afaz-se, e simplesmente vai aceitando bem as decisões (afinal não estou cá obrigada!), e "afasta os sentimentos de culpa que vêm aliados ao bem-estar que se sente noutro país". Sim, porque o Reino Unido também tem coisas boas, o que é que pensam? Achavam que eu estaria aqui se não gostasse?
Mas confesso que me permito ter “aquelas saudades estonteantes” uns tempos antes de ir de férias, quando Portugal se torna tão presente em mim, tão desejado que já é impossível escapar. Quando chego, é o fascínio Total; o querer ir a todos os sítios e comer todas as coisas boas, passar horas na “montra” das estrelinhas, conversar e rir muito sem ter que “descodificar a mensagem”, não perder uma sexta-feira de mercado e percorrer a corredoura acima e abaixo vezes sem fim…
Passado um tempo entro em saturação. Desejo o bulício de Londres, a minha vida de estafeta, o meu laboratório e voltar de novo a depender de mim e só de mim. Canso-me da rotina das férias de “emigrante” (ai como eu odeio esta palavra!), o ter de ver toda a gente, das mesquinhices que crescem porque eu simplesmente não comprimentei….
Começo também, infelizmente, a reparar que as pessoas que nos querem ver começam a ser cada vez menos, ate porque há quem nos vá esquecendo. A vida continua e para muitos eu faço já parte de um passado, dos amigos de antigamente, ou não entro no tópico das conversas porque entretanto já perdi muitos capítulos. É quando me apercebo que muitas pessoas continuam na mesma, como se tivessem parado no tempo. Com algumas deixo simplesmente de me identificar com elas e o novelo que antigamente tinha bastante fio para correr, não desata e fica-se por um “olá, está tudo bem?” desconfortante.
Ps. muito, muiiito baseado num outro que li algures, ficam os direitos de autor, mas para sentimentos iguais as palavras nao podem diferir muito...
Mas confesso que me permito ter “aquelas saudades estonteantes” uns tempos antes de ir de férias, quando Portugal se torna tão presente em mim, tão desejado que já é impossível escapar. Quando chego, é o fascínio Total; o querer ir a todos os sítios e comer todas as coisas boas, passar horas na “montra” das estrelinhas, conversar e rir muito sem ter que “descodificar a mensagem”, não perder uma sexta-feira de mercado e percorrer a corredoura acima e abaixo vezes sem fim…
Passado um tempo entro em saturação. Desejo o bulício de Londres, a minha vida de estafeta, o meu laboratório e voltar de novo a depender de mim e só de mim. Canso-me da rotina das férias de “emigrante” (ai como eu odeio esta palavra!), o ter de ver toda a gente, das mesquinhices que crescem porque eu simplesmente não comprimentei….
Começo também, infelizmente, a reparar que as pessoas que nos querem ver começam a ser cada vez menos, ate porque há quem nos vá esquecendo. A vida continua e para muitos eu faço já parte de um passado, dos amigos de antigamente, ou não entro no tópico das conversas porque entretanto já perdi muitos capítulos. É quando me apercebo que muitas pessoas continuam na mesma, como se tivessem parado no tempo. Com algumas deixo simplesmente de me identificar com elas e o novelo que antigamente tinha bastante fio para correr, não desata e fica-se por um “olá, está tudo bem?” desconfortante.
Ps. muito, muiiito baseado num outro que li algures, ficam os direitos de autor, mas para sentimentos iguais as palavras nao podem diferir muito...
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