Carrego em mim um filho com quase 2 anos de vida. Está pesada e pontapeia-me por vezes. Sou má em resposta, chamo-lhe nomes feios, ao que se vinga e me devolve a mesma moeda.
É o meu filho e o meu pai ao mesmo tempo. Mas não é espírito santo nenhum porque eu não acerdito nessas coisas. É o fruto de um incesto amoroso entre a minha alama e os meus sentidos, um híbrido no fundo, que cresce no ventre da minha raiva e do meu carinho.
Ás vezes (muitas vezes) farto-me dele. Quero deixá-lo á porta de um abrigo qualquer, de quem o quiser, para quem o queira (e mereça) mais do que eu. Quero libertar-me destas amarras que me prendem tão pouco fisicamente e que me cortam os pulsos neuronais. Só ás vezes.
Outras, dou-lhe carinho até mais não. Sou a mãe de um doce menino. Mais do que sei de que preciso de tempo para aprender a amá-lo sem ser aos soluços.
Hoje estou Phedup.
No comments:
Post a Comment