Ando há uns tempos a digerir uma questão pertinente lançada pela Andreia no Bordado Inglês.
can we breed with chimps or not?
A pergunta não é parva: Sabemos que os Chimpanzés partilham 99% do seu DNA connosco, logo é fácil perguntarmo-nos se o 1% de diferença é ou não significativo no emparelhamento cromossomático.
Ora o homem tem 23 pares de cromossomas e a espécie de chimpanzés mais semelhante ao homem tem 24. Assim sendo, á partida é claro para qualquer biologista que o híbrido resultante de um possível acasalamento teria 47 cromossomas e seria concerteza estéril – exactamente aquilo que sucede quando uma égua (64 cromossomas) acasala com um jumento/ burro (62 cromossomas) dando origem a um ser híbrido (também denominado burro ou jumento, o que causa uma enorme confusão!) com 63 cromossomas.*
A experiência já foi, em parte, realizada. No apogeu da União Soviética houve um maluquinho chamado Ilya Ivanovich Ivanov determinado em negar a existência de Deus. Como tal embarcou num projecto em parte financiado pelo Instituto Pasteur (“no melhor pano cai a nódoa”) em que insemina artificialmente três fêmeas de chimpanzés com sémen humano. A experiência deu resultados negativos: duas das fêmeas não conceberam e a terceira acabou por falecer ainda durante o periodo de estudo.
Mas a ideia não ficaria por aqui. Em 1929 Ivanoz conseguiu reunir 5 mulheres dispostas a ser inseminadas com esperma de chimpanzé e estas cobaias só não foram inseminadas porque entretanto o único macaco sexualmente maduro (um orangotango) morreu†.
Parece-me que, a ser viável, um bebéchimp terá de ser concebido com esperma de chimpanzé e ovulo humano, até porque sabemos que o embrião é o fruto da conjugacão nuclear do dador masculino e do dador femenino rodeados pela “casca do óvulo”, chamemos-lhe assim, casca esta que dá origem aos organelos celulares. Parece-me que, ao serem provenientes de uma especie com 24 pares de cromossomas os organelos celulares serao mais “estáveis” e capazes de sustentar/viabilizar um nucleo desemparelhado. Contudo, penso que este argumento é extremamente fraco e não me admiraria nada se a natureza achasse o contrário!!
Portanto, ainda sem responder, penso ter ajudado um pouco o teu enigma Andreia. Para já, a menos que não exista a sagrada mão da ciência pelo meio, não me parece que o cruzamento da espécie humana com a espécie chimpazé origine uma espécie nova. Alguém com mais ideias?
* Existem burros férteis e estéreis, cada caso é um caso. No entanto as mulas são de um modo geral estéreis embora já tenham sido observados casos de mulas férteis, a natureza nem sempre segue as leis de Mendel e teima á sua maneira :)
† Para compreender esta experiência há que descer ao turbilhão da Europa nos primórdios do sécuco XX. Na Rússia, e em toda a Europa Comunista, idolatrava-se Kal Marx, o filosofo da mudança, que defendia a evolução progressiva e linear préviamente sugerida por Hegel. Na Russia de Estaline o avanço cientifico estava condenado á subservência política, e portanto a evolução humana teria que reger-se pelos moldes evolutivos marxistas.
E de facto, convenhamos que é uma ideia muito mais reconfortante (e Lamarkiana) pensar que o homem é uma versão evoluída de um macaco do que aceitar a teoria de Darwin e interiorizar que o homen e o chimapanzé sao espécies distintas que derivam de um antecestral comum e cujas espécies apresentam desenvolvimentos semelhantes.
Thursday, July 31, 2008
Tuesday, July 29, 2008
mood(y)
Sei que a frescura dos meus 23 assusta meia blogsfera, assim como assusta meio mundo que me conheçe. Afinal, eu não sou apenas a profissional, a cientista, a senhora-de-bem que vai a conferências e usa óculos sérios para ver melhor na escuridão que mergulha os powerpoints. Sou também a menina que vai backpacking no dia seguinte. Sou bem mais do que os post sérios deste blog mostram, bem mais do que qualquer debate cientifico pouco pincelado pela alegria, piada fácil e (porque não dizê-lo e assumi-lo publicamente) duplo-sentido. Adoro quando a minha “ficha de reconhecimento” me pergunta a distância periogenital do ratinho em questão. Dá um ar assim… maroto á coisa. Dizer ao pessoal alheio que se vai juntar o casalinho rataria para uma noite de intensa de paixão também tem a sua piada, até porque é extremamente dominadora a ideia de que, uma vez na vida, controlo a acçao do macho!
Pois, eu sei, dou a volta á cabeça desta gente com a inconstância, o riso e a face séria, responsável, na hora. A mesma que me faz a meio de uma apresentação oral mandar piadas desconcertantes. A liberdade associada á capacidade de se ser o que se quer. Adoro esta multifaceta que me torna na mulher séria da reunião esta manhã combinada com a doida que põe o radio a bom som no lab á tarde. O ser "bem" e o estar bem num dia, eu sei, confunde muito boa gente.
Pois, eu sei, dou a volta á cabeça desta gente com a inconstância, o riso e a face séria, responsável, na hora. A mesma que me faz a meio de uma apresentação oral mandar piadas desconcertantes. A liberdade associada á capacidade de se ser o que se quer. Adoro esta multifaceta que me torna na mulher séria da reunião esta manhã combinada com a doida que põe o radio a bom som no lab á tarde. O ser "bem" e o estar bem num dia, eu sei, confunde muito boa gente.
Antes de mais nada deixem-me recordar-vos que a inveja só faz mal ao próprio invejoso...
J: Hei, estás bem?
Euzinha: sim… tudo bem…
J: que fazes hoje á noite?
E: bem…é terça, tenho aula de pilates, lembras-te?
J: Mas podes deixar isso pra outra altura, não?
E: Na realidade posso. Mas o que quer que seja que queres fazer, podemos fazer antes ou depois da minha aula, não?
J: pois…não. A tua aula é as 8, não é?
E: sim…
J: pois…é que tenho bilhetes para a premiére disto hoje… (silêncio) QUERES VIR NÃO QUERES ??!(risos) Até porque estás mesmo a precisar de uma boa comédia!
De modos que é assim minha gente; lá se vai a minha aula pró galheto mas roam-se lá um bocadinho porque se avista no horizonte uma Girlies night, de sapato alto e makeup on… :)
Euzinha: sim… tudo bem…
J: que fazes hoje á noite?
E: bem…é terça, tenho aula de pilates, lembras-te?
J: Mas podes deixar isso pra outra altura, não?
E: Na realidade posso. Mas o que quer que seja que queres fazer, podemos fazer antes ou depois da minha aula, não?
J: pois…não. A tua aula é as 8, não é?
E: sim…
J: pois…é que tenho bilhetes para a premiére disto hoje… (silêncio) QUERES VIR NÃO QUERES ??!(risos) Até porque estás mesmo a precisar de uma boa comédia!
De modos que é assim minha gente; lá se vai a minha aula pró galheto mas roam-se lá um bocadinho porque se avista no horizonte uma Girlies night, de sapato alto e makeup on… :)
E o prémio da "melhor amiga" em dia emotivos vai para...
...a minha waterproof mascara! Caramba, posso chorar baba e ranho, este mundo e o outro que nunca cai, mas sobretudo, nunca me deixa tipo Heath Ledger no novo filme do Batman. Sim senhor, Clap, Clap, clap
Sabes que andas a passar muito tempo no lab quando...
....cantaroleias todas (I mean TODAS!) as canções do rádio.
Friday, July 25, 2008
Eles dizem que a indiferença é o pior dos sentimentos.
António Lobo Antunes recebe hoje o prémio Camões 2007*
Nao tenho nada contra mas também nao sou a favor. Não digeri bem as crónicas da visão e a A Ordem Natural das Coisas (1992) não me caiu bem. Foi então que tentei o Não Entres Tão Depressa Nessa Noite Escura (2000) que teimava em ajudar-me a dormir. Eu é mais bolos. Não tenho estofo para grandes corridas, só gosto mesmo de mandar bitaites, claro.
* Isto de ser Português é assim, com muiiita tranquilidade.
Nao tenho nada contra mas também nao sou a favor. Não digeri bem as crónicas da visão e a A Ordem Natural das Coisas (1992) não me caiu bem. Foi então que tentei o Não Entres Tão Depressa Nessa Noite Escura (2000) que teimava em ajudar-me a dormir. Eu é mais bolos. Não tenho estofo para grandes corridas, só gosto mesmo de mandar bitaites, claro.
* Isto de ser Português é assim, com muiiita tranquilidade.
Thursday, July 24, 2008
Esta gaja faz-me passar da mola!
Estou que nem posso por aqui.
Olha, metam-me uma vassoura no rabinho que eu vou varrendo o lab ao mesmo tempo....
Wednesday, July 23, 2008
No rádio Melee, build to last…
… e pelo meu rosto rolam as pérolas que nunca te ofereci. Eu já me senti assim, quentinha por dentro, confortável. Num porto seguro. É bonito e encolhe-me a alma.
Re-constato
O estado do tempo influencia o comportamento das pessoas.
Tinha-me esquecido do quão gosto do verão aqui. Adoro este país com sol, adoroooooooooooooooo. Mas porque é que não é sempre, sempre assim?
Tinha-me esquecido do quão gosto do verão aqui. Adoro este país com sol, adoroooooooooooooooo. Mas porque é que não é sempre, sempre assim?
Cruxifiquem-me, vá.
Fui ali ao lado comprar vitamina D. Não percebi bem se funcionou, mas a serotonina está aos saltos, é bom.
Não serve de desculpa, mas ..85% dos cientistas fuma sabendo de antemão que o cancro é uma doença multifactorial.
Não serve de desculpa, mas ..85% dos cientistas fuma sabendo de antemão que o cancro é uma doença multifactorial.
Tuesday, July 22, 2008
Isto hoje começa bem.
A minha estudante fez um arranhão grande num joelho, que pelas vistas vai deixar cicatriz.
Estou eu na minha conversa habitual do “olha, deixa lá, são esses pequenos promenores que nos tornam mais autênticas, mais especiais, as nossas pequeninas marcas” – tenho a certeza que muitos de vós já me ouviram a dizer isto pois uso esta “teoria” frequentemente.
Finalizo também sempre com o mesmo exemplo, “pois, olha, por ex. eu tenho este dente da frente um bocadinho partido, olha vês? Aqui. E sabes que mais, isso só me torna mais especial...”
Bifa nos arredores a meter o bedelho na conversa: “Ah, mas esse teu dente é maior que o outro, ahahaha”
(silêncio. A miúda olha para mim de olhos cerrados pois já sabe que daqui não vai sair boa)
Salta-me a tampa. Mesmo á criançinha, o toma lá que também não te ficas a rir: “Opá tu cala-te que com esses dentes de xilofone não devias era sequer abrir a boca”
Humpf. Cabras pá, estas gajas são mesmo umas grandes cabras.
Estou eu na minha conversa habitual do “olha, deixa lá, são esses pequenos promenores que nos tornam mais autênticas, mais especiais, as nossas pequeninas marcas” – tenho a certeza que muitos de vós já me ouviram a dizer isto pois uso esta “teoria” frequentemente.
Finalizo também sempre com o mesmo exemplo, “pois, olha, por ex. eu tenho este dente da frente um bocadinho partido, olha vês? Aqui. E sabes que mais, isso só me torna mais especial...”
Bifa nos arredores a meter o bedelho na conversa: “Ah, mas esse teu dente é maior que o outro, ahahaha”
(silêncio. A miúda olha para mim de olhos cerrados pois já sabe que daqui não vai sair boa)
Salta-me a tampa. Mesmo á criançinha, o toma lá que também não te ficas a rir: “Opá tu cala-te que com esses dentes de xilofone não devias era sequer abrir a boca”
Humpf. Cabras pá, estas gajas são mesmo umas grandes cabras.
Monday, July 21, 2008
Friday, July 18, 2008
Kid, querido, se a Pamela soubesse que tinhas todo este Rock potêncial nunca te tinha mandado ás urtigas...
Talvez se tivesses cortado as gadelhas. E esse colarzinho...pois. Eu até a entendo...
[Há um outro tune a mexer com as minhas ancas no momento que até poderia partilhar convosco, não porque me identifique com a letra em si, mas porque a ousadia e a coragem são características que admiro. Mas provavelmente daria direito a e-mail de censura, e eu não estou para isso]
Medo bom
Esta menina, que tem aguentado as minhas lágrimas, gritos, desesperos e ataques de fúria dos últimos 3 anos partiu hoje para 2 mesinhos merecidos e ansiados no Sudoeste Asiático. Depois de uma noite em que dormimos 2 horas cada, já que ficámos até as 3 e meia nas nossas noites intensas de conversa, choros, risos e água com sabor a limão; hoje no Aeroporto aperta o backpack e de rompante (não vou traduzir porque isto perde-se):
“Fuck! Sónia,.. I am going alone…”
Sorri-lhe. Conheço bem demais o sentimento para o alimentar. É o mesmo medo que já me fez tremer as pernas em Setembro de 2002.
“Fuck! Sónia,.. I am going alone…”
Sorri-lhe. Conheço bem demais o sentimento para o alimentar. É o mesmo medo que já me fez tremer as pernas em Setembro de 2002.
O que gostava que me tivessem dito enquanto era tempo e não mo disseram.
O Amor é um estado de alma. Sente-se e vive tão depressa como a chama que já te queimou. E tão triste e tão verdade. Não se alimenta nem se resurgita, não se define ou entende. Não te merece. Não se merece. Sentes que não o mereces. Esmaga-te e eleva-te tão alto, tão alto, tão alto para te deixar cair com estrondo. Pulha.
Friday, July 11, 2008
What hurts? Everything.
Monday, July 07, 2008
Se eu não fosse parva, o que quereria ser?
Bolas. Ninguém me mandou fazer isto. Ofereci-me para fazer o study day e agora estou que nem posso nas pernas. Mas porque é que eu me meto nisto?
Friday, July 04, 2008
Nascida a 4 de julho
porque estas coisas so acontecem nos EUA. Para quem se quer deliciar com as fotos do papa, por aqui.
Thursday, July 03, 2008
[Coisas que aqui queria ter publicado esta semana] iii
O pavilhão de Portugal na EXPO 2008-Zaragoça pelos vistos também não supreende (isto continuando o post i deste rol). Ideias, conceitos, futurismos, pouco sumo.
Wednesday, July 02, 2008
[Coisas que aqui queria ter publicado esta semana] ii
(escrito a 28/06/08)
Fecho-me em casa na sombra. As lágrimas que não controlo caem. Não quero chorar, mas este impeto fisico consome-me. Tenho uma conjuntivite. Mais uma, a terceira, nestes 23 anos de Lamborghinisse (sim, de Lamborghini, de pequenos luxos na vida, de lambada e de borga, de isses)
Os dias passam levemente, como se fizessem troça de mim. O vermelho nao esbate e a areia psicológica que me faz cerrar a vista não sai. O melhor é mesmo dormir, esquecer, enquanto a minha mente quer saltar e dançar ate á exaustão. Sinto-me agora prisioneira do meu próprio corpo, a morrer lentamente aqui fechada nesta sombra que me protege e magoa. Estou cansada deste descanso, desta penumbra. Quero sair. Queros saaaaaiiir. Preciso de sair.
O mundo corre lá fora e o meu mundo pára por aqui. E ainda existem palermas que não sabem o que fazer num domingo de chuva.
Fecho-me em casa na sombra. As lágrimas que não controlo caem. Não quero chorar, mas este impeto fisico consome-me. Tenho uma conjuntivite. Mais uma, a terceira, nestes 23 anos de Lamborghinisse (sim, de Lamborghini, de pequenos luxos na vida, de lambada e de borga, de isses)
Os dias passam levemente, como se fizessem troça de mim. O vermelho nao esbate e a areia psicológica que me faz cerrar a vista não sai. O melhor é mesmo dormir, esquecer, enquanto a minha mente quer saltar e dançar ate á exaustão. Sinto-me agora prisioneira do meu próprio corpo, a morrer lentamente aqui fechada nesta sombra que me protege e magoa. Estou cansada deste descanso, desta penumbra. Quero sair. Queros saaaaaiiir. Preciso de sair.
O mundo corre lá fora e o meu mundo pára por aqui. E ainda existem palermas que não sabem o que fazer num domingo de chuva.
[Coisas que aqui queria ter publicado esta semana] i
Valeu o que valeu. 3 apresentações brilhantes e um rol de “palhinha para a burrinha” (que sou eu, obviamente).
Tenho tanta pena que Portugal sobrevalorize discursos esponjosos que exprimidos dariam pouco sumo, mas tanta pena…
Eu sei que sou muito extremista, como qualquer cientista, mas faltou ali um pouco de objectividade, de concreto, aquele “descer ao particular” real de quem entende o que nos vai na alma, as frustações que trazemos connosco para o RU. Dei por mim á espera de resultados, de gráficos, de números concretos, de factos, de realidades.
Esperei respostas firmes a perguntas que foram literalmente abafadas. E, confesso, não tive coragem de refutar exemplos que, num outro contexto mais relaxado, dariam azo a piadolas fúteis. Sim, porque dizer que 50 vagas para Pos-doutorados em Arqueologia em Évora não foram preenchidas não é exemplo para nada. Só serve de exemplo, e de uma utilidade e veracidade únicas, para quão desmotivante e pouco valorizada é a Arqueologia no ensino secundário por essas escolas fora.
Fui fraca porque percebi que não jogava em casa, que tudo o que eventualmente poderia dizer faria ricochete em palavras bonitas e opressões. E eu não luto contra pedras. E em Portugal deve estar tudo muito bem pelos olhos daquela gente, admiro-me é de continuar a ler textos como este, mas enfim, eu é que estou a ver a coisa mal.
Tenho tanta pena que Portugal sobrevalorize discursos esponjosos que exprimidos dariam pouco sumo, mas tanta pena…
Eu sei que sou muito extremista, como qualquer cientista, mas faltou ali um pouco de objectividade, de concreto, aquele “descer ao particular” real de quem entende o que nos vai na alma, as frustações que trazemos connosco para o RU. Dei por mim á espera de resultados, de gráficos, de números concretos, de factos, de realidades.
Esperei respostas firmes a perguntas que foram literalmente abafadas. E, confesso, não tive coragem de refutar exemplos que, num outro contexto mais relaxado, dariam azo a piadolas fúteis. Sim, porque dizer que 50 vagas para Pos-doutorados em Arqueologia em Évora não foram preenchidas não é exemplo para nada. Só serve de exemplo, e de uma utilidade e veracidade únicas, para quão desmotivante e pouco valorizada é a Arqueologia no ensino secundário por essas escolas fora.
Fui fraca porque percebi que não jogava em casa, que tudo o que eventualmente poderia dizer faria ricochete em palavras bonitas e opressões. E eu não luto contra pedras. E em Portugal deve estar tudo muito bem pelos olhos daquela gente, admiro-me é de continuar a ler textos como este, mas enfim, eu é que estou a ver a coisa mal.
Hoje que penso nisso envergonho-me, e sei que fui mais uma na multidão; nesta multidão de gente que quer mudar o mundo mas que é incapaz de soltar a voz perante uma meia-dúzia de gatos-pingados (ou direi antes pinguins-pingados?). Assim não vamos mesmo a nenhum lado.
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