Valeu o que valeu. 3 apresentações brilhantes e um rol de “palhinha para a burrinha” (que sou eu, obviamente).
Tenho tanta pena que Portugal sobrevalorize discursos esponjosos que exprimidos dariam pouco sumo, mas tanta pena…
Eu sei que sou muito extremista, como qualquer cientista, mas faltou ali um pouco de objectividade, de concreto, aquele “descer ao particular” real de quem entende o que nos vai na alma, as frustações que trazemos connosco para o RU. Dei por mim á espera de resultados, de gráficos, de números concretos, de factos, de realidades.
Esperei respostas firmes a perguntas que foram literalmente abafadas. E, confesso, não tive coragem de refutar exemplos que, num outro contexto mais relaxado, dariam azo a piadolas fúteis. Sim, porque dizer que 50 vagas para Pos-doutorados em Arqueologia em Évora não foram preenchidas não é exemplo para nada. Só serve de exemplo, e de uma utilidade e veracidade únicas, para quão desmotivante e pouco valorizada é a Arqueologia no ensino secundário por essas escolas fora.
Fui fraca porque percebi que não jogava em casa, que tudo o que eventualmente poderia dizer faria ricochete em palavras bonitas e opressões. E eu não luto contra pedras. E em Portugal deve estar tudo muito bem pelos olhos daquela gente, admiro-me é de continuar a ler textos como este, mas enfim, eu é que estou a ver a coisa mal.
Tenho tanta pena que Portugal sobrevalorize discursos esponjosos que exprimidos dariam pouco sumo, mas tanta pena…
Eu sei que sou muito extremista, como qualquer cientista, mas faltou ali um pouco de objectividade, de concreto, aquele “descer ao particular” real de quem entende o que nos vai na alma, as frustações que trazemos connosco para o RU. Dei por mim á espera de resultados, de gráficos, de números concretos, de factos, de realidades.
Esperei respostas firmes a perguntas que foram literalmente abafadas. E, confesso, não tive coragem de refutar exemplos que, num outro contexto mais relaxado, dariam azo a piadolas fúteis. Sim, porque dizer que 50 vagas para Pos-doutorados em Arqueologia em Évora não foram preenchidas não é exemplo para nada. Só serve de exemplo, e de uma utilidade e veracidade únicas, para quão desmotivante e pouco valorizada é a Arqueologia no ensino secundário por essas escolas fora.
Fui fraca porque percebi que não jogava em casa, que tudo o que eventualmente poderia dizer faria ricochete em palavras bonitas e opressões. E eu não luto contra pedras. E em Portugal deve estar tudo muito bem pelos olhos daquela gente, admiro-me é de continuar a ler textos como este, mas enfim, eu é que estou a ver a coisa mal.
Hoje que penso nisso envergonho-me, e sei que fui mais uma na multidão; nesta multidão de gente que quer mudar o mundo mas que é incapaz de soltar a voz perante uma meia-dúzia de gatos-pingados (ou direi antes pinguins-pingados?). Assim não vamos mesmo a nenhum lado.
2 comments:
...A vida é assim por Portugal, meia dúzia de senhores prepotentes, embebedados por metáforas complicadas e ilusões que nem sonho são...uma autêntica inércia, camuflada por rasgos de patriotismo esporádico que se desvanece a qualquer dificuldade...
contudo, o que vale são os Tugas, que não importa onde estejam, ainda reflectem o "andar para a frente, apesar do Desconhecido" e tu de facto és um exemplo disso mesmo: uma Tuga "que anda para a frente"...
Parabens por seres quem és Sónia.
Bjns, David M.
LX
Eu sei que tu vais voltar para ler o que irei escrever depois de ti. Sabes como sei não sabes?
Da mesma forma que sei, e tu sabes também, que seremos sempre assim, uns tontos eternamente as turras um com outro. E eu (ainda) gosto muito de ti. Mas tu sabes disso sem eu precisar de to dizer.
Beijinhos,
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