Eu moro em Londres, e não tão longe como isso da City, mas raramente tenho contacto com o mundo citadino da cidade. O meu dia-á-dia é mais gente de sapatinhas, oculetas do século passado e com as t´shirts que a industria farmacêutica mandou de oferta com a última remessa de produtos.
Quando preciso de ir á City, como hoje, sinto-me uma pata-choca desenquadrada no meio daquela gente toda produzida. As minha sandálias de cunha que até fazem abrir bocas no laboratório, transformam-se nos chinelitos da gata borralheira, e eu, de creme hidratante como única máscara matinal sinto-me a menina mais pobre da aldeia ao pé dos baldes de tinta que por mim cruzam.
Um contacto com uma outra realidade, e basta só atravessar a ponte...
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